Procurador de Minas que chamou salário de R$ 24 mil de 'miserê' é ironizado em Belo Horizonte

Data:

'miserê'
Créditos: Gingagi | iStock

O Procurador Leonardo Azeredo dos Santos, do Ministério Público de Minas Gerais, viralizou na internet nos últimos dias ao reclamar sobre a possibilidade de não ter reajuste salarial em 2020 durante reunião da entidade. Minas Gerais vive uma crise fiscal e estuda a viabilidade de um acordo de recuperação fiscal do governo federal.

O Procurador foi ironizado por um advogado, na Pampulha, com uma caixa de papelão com os dizeres: “Ajude o procurador do MPMG sair do miserê”. A crítica faz referência ao áudio em que ele chamou o salário de R$ 24 mil de “miserê”. O Portal da Transparência aponta que Leonardo recebeu, em junho, R$ 78.617,66, referente a salário, verbas indenizatórias e outras verbas retroativas/temporárias.

Sua remuneração bruta é de R$ 35.462,22, mas, com os descontos, cai para cerca de R$ 24 mil. No entanto, nos primeiros 7 meses, ele recebeu, em todos os meses, indenizações e outras remunerações em valores que ultrapassam R$ 20 mil. 

O áudio do Procurador

A declaração do Procurador foi gravada na 5ª reunião extraordinária do colegiado do MPMG, que discutia o Orçamento de 2020. O procurador-geral de Justiça, Antônio Sérgio Tonet, disse que não haverá qualquer reajuste salarial, ainda que os ministros do STF tenham seus vencimentos aumentados.

Leonardo afirmou exaltado que baixou seu padrão de vida por causa do salário: “Estou deixando de gastar R$ 20 mil de cartão de crédito e estou gastando R$ 8 mil. Pra poder viver com os R$ 24 mil. Eu e vários outros já estamos vivendo à base de comprimido, à base de antidepressivo. Estou falando assim com dois comprimidos de sertralina por dia, e ainda estou falando deste jeito. Se não tomasse, ia ser pior do que Ronaldinho”.

Durante a reunião, ele ainda questionou o PGJ se não era possível “incrementar” os salários no próximo ano: “Dentro do orçamento, não há nenhuma perspectiva, nenhum sonho, de incrementar qualquer tipo de vantagem que aumente nossa remuneração? Ou plantão? Ou qualquer coisa que aumente remuneração?”.

Em nota, Ministério Público de Minas Gerais disse que não existe qualquer projeto em curso acerca da adoção de benefícios pecuniários para a carreira de servidores, procuradores e promotores de Justiça, devido à grave crise financeira do estado. A entidade ainda disse que vem tomando medidas de redução de gastos.

(Com informações do G1)

Leia também:          

Adquira seu certificado digital E-CPF ou E-CNPJ com a Juristas Certificação Digital. Acesse a plataforma de assinatura de documentos com certificado digital de maneira fácil e segura.

Juristas
Juristashttp://juristas.com.br
O Portal Juristas nasceu com o objetivo de integrar uma comunidade jurídica onde os internautas possam compartilhar suas informações, ideias e delegar cada vez mais seu aprendizado em nosso Portal.

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

TJSP mantém condenação de acusados que aplicavam golpe em locadora de veículos

A 7ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou a decisão da 13ª Vara Criminal da Capital, sob a juíza Erika Fernandes, que condenou três homens por associação criminosa, com um deles também condenado por estelionato, relacionado a um golpe praticado contra uma locadora de veículos. As penas impostas, variando entre um e dois anos de reclusão, foram convertidas em medidas alternativas, incluindo prestação pecuniária e serviços comunitários.

Tribunal nega devolução em dobro após depósito realizado por engano

A 2ª Vara Cível de Araraquara julgou um caso envolvendo a devolução de R$ 37 mil que foram depositados por engano em uma empresa após um contrato de securitização de ativos empresariais. Após o acordo, a empresa não mais gerenciava os ativos, mas recebeu indevidamente o depósito de uma devedora. A empresa devolveu o dinheiro 14 dias após o depósito, mas apenas depois que a ação foi ajuizada, o que levou a autora a pedir a devolução em dobro, alegando retenção indevida do montante.

Estado indenizará estudante trans depois de ofensas de professor

A Vara da Fazenda Pública de Guarujá condenou o Estado de São Paulo a pagar uma indenização por danos morais no valor de R$ 8 mil a uma estudante trans, devido a comentários ofensivos feitos por um professor sobre a comunidade LGBT em sala de aula. Além disso, foi estabelecido um pagamento de R$ 800 por danos materiais, referente aos custos com tratamento psicológico que a estudante teve após o incidente.

Ré é condenada por uso de embalagem similar ao da concorrente

A 5ª Vara Cível de Barueri condenou uma empresa do ramo alimentício por praticar concorrência desleal ao comercializar geleias em potes e embalagens muito parecidos com os de uma marca concorrente. A decisão judicial ordenou que a empresa ré cessasse o uso desses produtos e determinou o pagamento de uma indenização por danos materiais, cujo montante será definido na fase de liquidação do processo.