Justiça mantém lideres de organização criminosa em regime disciplinar diferenciado

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Por decisão da Vara de Execuções Penais de Macapá, um grupo de 12 internos do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (IAPEN) foi transferido para o Regime Disciplinar Diferenciado. O regime, cumprido em celas isoladas, tem como objetivo barrar a comunicação de lideranças de organização criminosa com o lado externo.

Por ocasião da 156ª Sessão Extraordinária da Câmara Única, realizada nesta quinta-feira (10), a decisão do juízo de execuções foi mantida pelos desembargadores membros do órgão colegiado.

Mantida prisão preventiva de Geddel Vieira Lima / Pena
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Por meio de  agravo, a defesa de um dos presos tentava a revogação da decisão que o transferiu para cela isolada no Pavilhão 4, onde cumpre regime diferenciado por até 360 dias. De acordo com o relator, desembargador Gilberto Pinheiro, observando as fundamentações da decisão em primeiro grau, é necessária a manutenção do regime diferenciado.

“Tendo em vista os pareceres de inteligência que demonstram que o reeducando pertence a organização criminosa com ativa atuação dentro e fora do sistema penitenciário, nego provimento ao agravo”, opinou o decano do Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP). O voto do relator foi acompanhado pela unanimidade dos demais desembargadores.

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A transferência dos reeducandos teve como base uma série de relatórios de inteligência, coordenados pelo IAPEN, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Amapá (Gaeco), Batalhão de Operações Especiais e Secretaria de Justiça do Amapá. Segundo as investigações, partiam de dentro do sistema prisional, as determinações para conflitos armados e execução de rivais.

Com informações do Tribunal de Justiça do Amapá.


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Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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