Significado de Pelagianismo
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Marcado: britânico, Irlandês, Monge, Pelagianismo
O pelagianismo é uma doutrina teológica associada a Pelágio, um monge britânico ou irlandês que atuou no final do século IV e início do século V. Essa doutrina questiona conceitos fundamentais do cristianismo ortodoxo sobre pecado original, graça e salvação. De acordo com o pelagianismo, o pecado de Adão afetou apenas a ele mesmo, não sendo transmitido por herança a seus descendentes. Assim, nega-se o conceito de pecado original como uma condição inerente à natureza humana.
A Igreja primitiva, particularmente por meio de figuras como Santo Agostinho, respondeu vigorosamente ao pelagianismo, defendendo que a natureza humana foi de fato afetada pelo pecado original, o que torna as pessoas incapazes de alcançar a perfeição moral ou a salvação sem a graça de Deus. Agostinho argumentou que a graça divina é fundamental para a salvação e que a humanidade necessita da redenção proporcionada por Cristo.
O pelagianismo foi condenado como heresia em vários concílios ecumênicos, começando pelo Concílio de Cartago em 418 d.C., e as posições de Agostinho sobre o pecado original e a graça tornaram-se fundamentais para a teologia cristã posterior.
Embora o pelagianismo tenha sido condenado, discussões relacionadas ao papel da vontade humana, da graça divina e do pecado original continuaram a ser temas de debate teológico ao longo da história da Igreja. O semi-pelagianismo, por exemplo, foi uma tentativa de compromisso que ainda afirmava a necessidade da graça inicial de Deus para a salvação, mas mantinha um papel significativo para o esforço humano na resposta à graça. Questões relacionadas ao livre-arbítrio e à predestinação, influenciadas pelas respostas ao pelagianismo, permanecem como pontos de discussão teológica até hoje.
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