Por que os diversos projetos de lei educacionais espalhados pelo Brasil que são verdadeiras “mordaças de gênero”, visando suprimir os debates e usos acerca dos termos gênero e sexualidade, temem tanto a educação como instrumento de combate ao preconceito ou à discriminação? A educação como solução no Brasil muitas vezes é apresentada quase como uma fórmula mágica e, em contrapartida, a falta de educação o problema central. Mas quando se trata das violências sofridas por crianças dentro das próprias escolas o ensino não pode ser voltada a ensinar o necessário respeito às diferenças por quê? Optar por mostrar que a diversidade merece respeito e não tratamento violento é sim influenciar as crianças, mas influenciá-las a serem seres humanos melhores, cidadãos capazes de construir uma sociedade cada vez melhor e mais igualitária, livre de qualquer entrave à realização plena da democracia. Esta é, em si mesma, pluralidade. A escola, lugar de excelência da educação, não pode temê-la, censurá-la, limitá-la e/ou reprimi-la, afinal.