Após a primeira condenação, em 2014, pelo assassinato de uma jovem em Olinda, o trio conhecido como “os canibais de Garanhuns” foi novamente condenado por duplo homicídio qualificado por assassinarem mais duas mulheres em 2012.
Para o juiz, o trio cometeu homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de crueldade, impossível defesa da vítima), ocultação e vilipêndio de cadáver. Por isso, condenou Isabel Cristina Pires da Silveira a 68 anos, Jorge Beltrão Negromonte da Silveira a 71 anos de reclusão e Bruna Cristina Oliveira da Silva a 71 anos e 10 meses. A pena de Bruna é maior por ter sido condenada também por estelionato, mesmo caso de Jorge, e falsa identidade.
O julgamento é um desfecho para um caso de repercussão nacional, considerando que os réus consumiram a carne das vítimas e venderam salgados em Garanhuns com essa carne.
A defesa afirmou que “foi um processo difícil com uma repercussão incomensurável em relação até o convencimento do conselho de sentença (juri). Óbvio que nós vamos recorrer, o recurso já foi manejado, vamos buscar a cassação do veredito em face de uma decisão manifestamente contrária a prova dos autos. Nós entendemos que há uma necessidade de revisão do tribunal determinando a submissão da Isabel a novo julgamento. O juiz sobrepesou de uma forma negativa e indevida".
O promotor rebateu a alegação de que Jorge teria transtornos mentais. Para ele, “Jorge, no meu sentir, por tudo que eu já vi sobre psicopatia, ele era um psicopata. O psicopata pode ser um estelionatário ou pode ser um assassino. Mas ele não é um doente mental“
O advogado disse que “a esquizofrenia paranóide não tem cura. Em conversa comigo antes de vir para cá, ele me relatou o desejo dele de ir para o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP), porque ele diz que se for para a rua (com eventual progressão da pena para regime semiaberto), sem tratamento, sem medicamento, ele vai matar”. (Com informações do JC Online.)
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