Madrasta acusada de envenenar enteados vai a júri popular

A juíza Tula Corrêa de Mello, titular da 3ª Vara Criminal da Capital, determinou nesta segunda-feira (15/5) que Cintia Mariano Dias Cabral seja levada a julgamento pelo Tribunal do Júri. Cintia é acusada de envenenar seus enteados, Fernanda e Bruno Cabral.

Fernanda, com 22 anos na época, faleceu em 28 de março do ano passado, enquanto Bruno, de 16 anos, sobreviveu a uma tentativa de homicídio ocorrida exatamente um ano antes, em 15 de maio. Os advogados de Cintia informaram que irão recorrer da decisão.

Após comer um sanduíche na casa da madrasta, Fernanda passou mal e foi levada ao Hospital Albert Schweitzer, onde permaneceu internada por 13 dias. Bruno também foi internado no mesmo hospital, onde a irmã havia falecido, após consumir um feijão preparado pela madrasta.

"Com base no exposto, de acordo com o Artigo 413, parágrafo 1º, do Código de Processo Penal, considero procedente a acusação e PRONUNCIO CINTIA MARIANO DIAS CABRAL por violação do artigo 121, § 2º, incisos II e III, em relação à vítima Fernanda, e do artigo 121, § 2º, incisos II e III, combinado com o artigo 14, inciso II, em relação à vítima Bruno, ambos em conformidade com o artigo 69, todos do Código Penal, para que seja submetida a julgamento pelo Egrégio Tribunal do Júri."

Na decisão de pronúncia, a juíza manteve a prisão preventiva de Cintia.

"Decido manter sua prisão preventiva, uma vez que permanecem todos os pressupostos pelos quais ela foi decretada, especialmente para garantir a ordem pública, considerando o modus operandi utilizado na prática dos crimes, que envolveu envenenamento dos enteados por motivo fútil. Portanto, a prisão da acusada permanece válida."

Número do processo: 0128915-93.2022.8.19.0001

(Com informações do TJRJ- Tribunal de Justiça do Rio Janeiro)