Tecnologia nos cartórios: Paraíba se prepara para implantar o “e-notariado”

Data:

O Conselho Federal do Colégio Notarial do Brasil lançou no último dia 9, um sistema digital denominado “e-notariado” que tem por finalidade a modernização dos cartórios de todo o País por meio da tecnologia da informação. “Trata-se de um sistema digital desenvolvido para que os notários e a população tenham acesso a atos notariais de maneira unicamente eletrônica”, disse o tabelião substituto, Vinícius Toscano de Brito.

Hoje, segundo ele, ainda não é possível ter atos notariais 100% eletrônicos nos cartórios por falta de sistemas e de regulamentação. “O colégio Notarial do Brasil, por meio do seu Conselho Federal, está dando o primeiro passo, que é criar o sistema e a regulamentação”, assegurou, frisando que o sistema foi criado em parceria com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), a maior empresa pública de tecnologia do Brasil. A parceria com o Serpro, conforme Vinícius Toscano de Brito, vai possibilitar que atos notariais sejam realizados de maneira 100% eletrônica.

Facilidades

Esse processamento dos atos eletrônicos, de acordo com o tabelião substituto, vai facilitar a vida da população. “Estamos em um processo tão rápido de desenvolvimento tecnológico, que, nos próximos anos, será mais útil para a sociedade que os atos tenham a confiabilidade do tabelião, a confiabilidade do sistema notarial e que sejam 100% eletrônicos”, frisou ele, acrescentando que, com a implantação do processo tecnológico nos cartórios, as pessoas podem realizar atos notariais em qualquer lugar onde estejam, sem precisar ir a um cartório.

“Você escolhe o cartório pela confiabilidade que ele tem em checar a sua documentação. Então, você pode realizar em casa os atos que lhe interessam. Isso proporciona economia de tempo e dinheiro, além da segurança jurídica que permanece, porque o notário continuará envolvido no processo”, declarou.

Segundo ele, escrituras e procurações serão feitas rápida e brevemente pelo sistema “e-notariado”. “O reconhecimento de firma, por exemplo, não mais existirá do ponto de vista físico (assinatura), mas o notário vai dar a chancela de que aquela assinatura (eletrônica) pertence a determinada pessoa. O avanço tecnológico existe, mas a preocupação da sociedade é que ele não esbarre na falta de segurança jurídica. O e-notariado vai avançando junto para que essa segurança jurídica esteja presente”, finalizou o tabelião substituto.  

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Cães podem ser representados judicialmente por tutor, decide TJSC

Em uma decisão que marca um avanço significativo no reconhecimento dos direitos dos animais, a 3ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça concluiu que cães podem ser representados judicialmente por seus tutores em situações que envolvam maus-tratos. O caso analisado tratou dos cães Tom e Pretinha, vítimas de disparos de arma de fogo que resultaram em ferimentos graves. O tutor dos animais acionou a Justiça buscando indenização por danos morais e materiais, enquanto o autor dos disparos alegava que os cães não poderiam figurar como parte em um processo judicial.

Tribunal nega indenização por explosão de celulares por ausência de prova de defeito de fabricação

A 5ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) manteve sentença que julgou improcedente o pedido de indenização por danos materiais, estéticos e morais ajuizado por uma consumidora contra uma seguradora, uma fabricante de celulares e uma loja de departamentos. A controvérsia girava em torno da explosão de dois aparelhos celulares, supostamente adquiridos na loja ré e segurados pela empresa também demandada.

Homem é condenado a mais de 16 anos de reclusão por tentativa de feminicídio

O Tribunal do Júri da comarca de Lages condenou um homem a 16 anos, 2 meses e 14 dias de reclusão, em regime inicial fechado, por tentativa de feminicídio. O crime, ocorrido na madrugada de 5 de agosto de 2023, no bairro Universitário, foi praticado contra a companheira do réu, que foi trancada dentro de casa e teve o imóvel incendiado.

Ofensas em grupo de WhatsApp com 172 pessoas geram indenização de R$7,5 mil e retratação pública

A 8ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) manteve a condenação de um homem ao pagamento de indenização por danos morais e à realização de retratação pública por ofensas proferidas em um grupo de WhatsApp. A decisão reforça o entendimento de que o ambiente digital não está imune à responsabilização civil por atos que violem a honra e a imagem de terceiros.