Uber admitiu, em 2017, vazamento de dados de 57 milhões de usuários no mundo, entre os quais 196 mil são brasileiros
O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) solicitou esclarecimentos ao Uber a respeito do vazamento de dados pessoais de usuários brasileiros, depois de a empresa ter admitido que vazaram dados de 57 milhões de clientes e motoristas de todo o mundo.
O aplicativo solicitou ao órgão um prazo de 15 dias para se explicar, devido à complexidade para a obtenção de dados. O site da empresa informa que essa violação teria afetado aproximadamente 196 mil brasileiros, embora a Uber tenha dito que o número ainda não é exato e definitivo.
A empresa informou que já recebeu o pedido do MPDFT e dará todas as informações que foram solicitadas.
Responsável pela investigação
A redação do documento do Ministério Público, que foi divulgado na sexta-feira (02/02) foi da Comissão de Proteção dos Dados Pessoais. Frederico Meinberg, coordenador da comissão, disse que isso se fez necessário pela gravidade dos fatos e que foram abertas investigações nos Estados Unidos e em países da Europa, o que não havia acontecido na América Latina.
Meinberg também afirmou que caso o vazamento das informações seja confirmado, a Uber deve descrever detalhadamente o caso, com total de afetados, localidades e tipos de dados pessoais comprometidos. O coordenador também diz querer saber sobre a realização de investigações internas e eventuais conclusões.
Essa comissão é a primeira iniciativa brasileira que trata da proteção de dados pessoais. Criada em novembro de 2017, suas atribuições são a promoção do conhecimento das normas e políticas públicas sobre proteção de dados pessoais e medidas de segurança.
Quando o caso veio à tona, a Uber disse que pagou US$ 100 mil para hackers eliminarem dados, como nome, e-mail e telefone de mais de 57 milhões de clientes em 2016, além de nome e número de licenças de mais de 600 mil motoristas. O executivo-chefe da companhia disse que a forma de lidar com o problema foi errada durante a gestão do antigo CEO.
Fonte oficial: G1