Aproximadamente R$ 8 bilhões devem ser bloqueados em definitivo, enquanto os outros R$ 13 bilhões serão bloqueados temporariamente. Caso o Congresso aprove a privatização da Eletrobras, cerca de R$ 12 bilhões devem ser liberados
É possível que o governo anuncie, ainda nessa semana, um corte de até R$ 21 bilhões no Orçamento de 2018. Do total, R$ 13 bilhões seriam bloqueados provisoriamente para que se cumpra a meta das contas públicas desse ano, que deve apresentar um déficit de até R$ 159 bilhões.
Também é possível que mais R$ 8 bilhões sejam cancelados para o cumprimento da regra do teto de gastos, que diz que as despesas de um ano não podem aumentar mais que o percentual da inflação do ano anterior.
Caso isso se confirme, será um dos menores bloqueios de toda a história, já que de 2008 a 2016, o corte inicial de gastos para o cumprimento da meta fixada anualmente pelo governo jamais ficou abaixo de R$ 19,4 bilhões.
Para fins de comparação, o bloqueio de 2015 foi de R$ 69,9 bilhões, o maior da história, ao passo que em 2017 foram bloqueados R$ 42,1 bilhões, o que acarretou na paralisação de alguns serviços públicos, como ações de fiscalização do trabalho escravo e a emissão de passaportes.
Possível alteração nos valores
Caso a privatização da Eletrobras seja aprovada, então aproximadamente R$ 13 bilhões poderão ser acrescidos à receita da peça orçamentária. O valor é um pouco maior do que os R$ 12,2 bilhões que o governo espera arrecadar com a privatização da estatal.
Além do bloqueio de gastos, é possível que o governo cancele de R$ 5 bilhões a R$ 8 bilhões em despesas orçamentárias esse ano, tudo com o intuito de que o teto de gastos não seja ultrapassado.
Esse cancelamento foi de R$ 4,69 bilhões no ano de 2017, além de outro posterior bloqueio de R$ 42 bilhões e do anúncio do aumento de tributos sobre os combustíveis.
Fonte oficial: G1