Médicas cubanas faziam parte do programa Mais Médicos
Quatro médicas, que atendiam a população de Nova Odessa (SP), não atenderam à convocação de Cuba para retornar ao País, motivo pelo qual são consideradas desertoras. Diante da situação, protocolaram pedidos de refúgio no Brasil e pediram ajuda da OAB.
O presidente da subsecção local da OAB disse que, sem apoio das prefeituras onde trabalharam, os profissionais recorrem à OAB, que encaminhou os pedidos de refúgio à Polícia Federal, em Piracicaba (SP).
Ele ressaltou que, “Se forem para Cuba, vão sofrer retaliações. Há orientação do governo cubano de que o médico chamado de volta que não atende à convocação fica oito anos proibido de entrar em Cuba. As autoridades cubanas consideram-nos desertores.”
Uma das médicas, a cubana Liseti Aguilera, deseja revalidar o diploma de médica e trabalhar em atenção básica no País. “Vim com a maior boa vontade e encontrei um povo amigo. Quero muito ficar, mas preciso de trabalho até poder fazer a prova.” Outra profissional, Suleidys Gonzales, disse que quer ficar pelo laço afetivo que desenvolveu com os pacientes que atendeu em Nova Odessa, afirmando que “somos quase como família.”
A prefeitura de Nova Odessa informou que providenciou transporte e as acompanhou para requerimento da Carteira de Trabalho. O prefeito entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores para discutir o caso. (Com informações do Agência Estadão e R7.)