Justiça proíbe Universidade Estadual de Maringá de usar cães em experimentos odontológicos

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A Universidade Estadual de Maringá (UEM) está proibida, por determinação do juiz Fabiano Rodrigo de Souza, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Maringá, de usar cachorros em seus experimentos no departamento de odontologia. 

 

A sentença é o resultado de uma ação civil pública que o MP-PR (Ministério Público no Paraná) moveu em 2011 sob a denúncia que apontava que a UEM usava cachorros, a maioria da raça beagle, em experimentos operatórios no curso de odontologia

 

O MP havia entendido que os cães “eram criados fadados à morte”, uma vez que após os procedimentos, os cachorros “eram eutanasiados com overdose de anestesia e as carcaças não aproveitadas seguiam para incineração”. A prática ocorria desde 1980, segundo a acusação.

 

Para o magistrado Fabiano Rodrigo de Souza, dar atenção aos direitos dos animais consiste em garantir o equilíbrio ambiental sustentável, o que como conseqüência, também garantiria os “direitos dos homens”. “Os direitos dos animais, antes de qualquer coisa, também consistem em direitos dos homens, ou seja, direitos destes ao meio ambiente equilibrado, sustentável. Nesse raciocínio, proteger os animais de práticas que lhes cause dor e sofrimento é dispensar atenção ao próprio homem”, diz trecho do despacho.

 

Na sentença ficou determinado que a proibição do uso dos cães está sob a pena de pagamento de multa de R$ 1 mil ao dia por eventual descumprimento.

 

Fonte: UOL

Ezyle Rodrigues de Oliveira
Ezyle Rodrigues de Oliveira
Produtora de conte

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