Quem é a juíza colombiana suspensa após surgir seminua no Zoom

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Juizados Especiais Cíveis e Criminais do TJPE
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A juíza colombiana Vivian Polanía Franco (34), suspensa após surgir seminua em uma sessão no Zoom, segue alvo de investigação e críticas por usar seu Instagram para postar fotos de rotinas de exercícios de crossfit e de seu corpo atlético. Em suas redes, além da prática de atividades físicas e de promover algumas marcas de roupa para seus quase 400 mil seguidores, a juíza exibe autorretratos sensuais.

Em 17 de novembro, um vídeo em que a juíza aparece conduzindo uma audiência judicial recostada em sua cama, com poucas roupas e um cigarro na mão, viralizou. Aparentemente, ela não havia percebido que sua câmera estava ligada e que os demais presentes no processo a observavam, até um deles avisar: “Senhora juíza, a câmera está ligada”. Os três segundos de exposição causaram polêmica na Colômbia. A magistrada chegou a ser afastada após essa audiência no Zoom.

Segundo o jornal local El Comercio, Vivian Polanía Franco está no ramo judiciário há mais de 14 anos, formada pela Universidade Católica, especializada em direito constitucional pela Universidad del Rosário e cursa mestrado em direitos humanos. Ela atua como Primeira Juíza Criminal Municipal de Cúcuta com a função de Controle de Garantia.

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Em uma segunda conta no Instagram, essa com pouco mais de 100 mil seguidores — que ela diz manter porque seu primeiro perfil foi bloqueado — Polaina se apresenta como “open minded” e “braless”, termos em inglês que significam mente aberta e sem sutiã, respectivamente. Apesar das críticas, a juíza não parece se importar com o que falam sobre o seu estilo, que para muitos não parece condizer com seu alto e prestigiado cargo.

Antes de ingressar na magistratura ela trabalhou no Tribunal Superior de Bogotá, depois no Conselho Seccional da Magistratura de Bogotá e posteriormente no 24º Juizado Criminal Municipal, decidiu migrar para Cúcuta por conta da oferta de emprego para se tornar juíza. Há cinco anos e, Polanía mora na capital desde então, recebeu várias denúncias de colegas do Judiciário.

juíza
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Em 2020, ela começou a publicar fotos vestindo roupas íntimas com mais frequência, expondo suas dezenas de tatuagens, além das rotinas de exercícios e dicas de beleza. Durante a pandemia de covid-19, montou uma academia com pesos, barras e equipamentos esportivos na sala de seu apartamento. Acompanhando seus stories, seus seguidores conseguem ver sua evolução no crossfit, seu amor pelo esporte e também pelos gatos de estimação.

Segundo ela, em declaração ao jornal La Opinión, duas marcas de roupas dos Estados Unidos a patrocinavam. “Para cada peça de roupa que eu mostrasse e fosse comprada por alguém, eles me davam 30% da venda ou me mandavam roupas de graça. Isso não é um negócio ilegal, pelo contrário, é uma forma de trabalhar bem, sem prejudicar ninguém”, disse a juíza.

Ainda conforme o La Opinión, a Câmara Disciplinar indicou que Vivian Polanía Franco poderá ser proibida de “desempenhar, no serviço ou na vida social, atividades que possam afetar a confiança pública ou praticar condutas que possam comprometer a dignidade da administração da justiça”.

Advogado é condenado por caluniar juíza
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O Conselho Seccional da Magistratura do Norte de Santander emitiu uma circular pedindo que todos os funcionários do Poder Judiciário cumpram com seus deveres e proibições, em reposta ao caso de Vivian. A juíza contesta estas ações e tem afirmado nas redes e em entrevistas que continuará compartilhando publicamente seus gostos e que estes não representam um obstáculo às funções ligadas ao Poder Judiciário.

Em uma foto publicada na última quarta-feira (7), ela aparece com roupa íntima de tecido transparente, com a seguinte legenda: “Sentiram minha falta?”.

Com informações do UOL.


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Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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