Ronnie Lessa é condenado por tráfico internacional de armas

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arma de uso restrito
Créditos: Artfully79 | iStock

A 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro condenou, na sexta-feira (5), o policial militar reformado Ronnie Lessa, em processo que respondia por tráfico internacional de armas, acessórios e de munição, a cinco anos de prisão e multa de R$ 454 mil.

Em 2017, um pacote vindo de Hong Kong foi apreendido pela Receita Federal no Aeroporto Internacional do Galeão, contendo 16 peças de fuzil. Na caixa, o destinatário era uma academia de musculação, mas na verdade, o destino era um apartamento de Lessa, onde, segundo a investigação da Polícia Federal, ele armazenava e montava armas.

Ronnie Lessa é condenado por tráfico internacional de armas | Juristas
Fuzil de atirador militar moderno
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Para a PF e o Ministério Público Federal, os artefatos apreendidos são quebra-chamas, usados para diminuir o clarão gerado por disparos de armas de fogo. Na época da apreensão, o produto era de uso restrito no Brasil.

Segundo o blog da jornalista Andréia Sadi, a defesa de Lessa contestou afirmando que eram “freios de boca”, usados para diminuir o movimento da arma assim que um tiro é disparado. Lessa também tentou argumentar que a importação poderia ser enquadrada no Decreto n.º 10.627/2021 assinado presidente Jair Bolsonaro, que amplia o acesso às armas, artefatos e munições, a Justiça, porém rejeitou o argumento.

Tráfico de Drogas
Créditos: Sebastian Duda / Shutterstock.com

A Justiça considerou os fatos graves, “tendo em vista a finalidade dos acessórios apreendidos” e que se “destina a dificultar a identificação da origem dos disparos de fuzis AR-15″. E considerando que o tráfico internacional de armas é um contrabando especial e, rejeitou a retroatividade benéfica do Decreto presidencial, considerando a importação do armamento, em desacordo com a lei ao tempo da importação.

Ronnie Lessa é acusado, junto com Élcio Queiroz, do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes em 2018, no Rio de Janeiro. Os dois serão submetidos a júri popular.

Com informações do G1.


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Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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