Tecnologia motivará mudanças na educação jurídica

Data:

Área jurídica ganhou reforço na educação com tecnologia.

educação
Créditos: Phonlamai Photo | iStock

A tecnologia está transformando a prática legal, e a educação jurídica deve evoluir de acordo. Seja nos escritórios de advocacia ou no setor público, as soluções tecnológicas são amplamente utilizadas para otimizar a atividade.

Nos Estados Unidos, as faculdades de Direito estão lançando e expandindo centros de pesquisa, clínicas e ofertas de cursos com foco em tecnologia legal.

A Escola de Direito Maurice A. Deane, na Hofstra University, é uma das pioneiras e encara a oferta de tecnologia legal na escola como prioridade. Seu reitor entende que “os advogados do futuro, independentemente da área de atuação, precisam ser proficientes em tecnologia jurídica”.

E o treinamento em tecnologia legal não é novidade para Hofstra Law. Em 2009, a escola lançou o Laboratório de Direito, Lógica e Tecnologia (LLT), que combina investigações lógicas com tecnologia de ponta para criar ferramentas para melhorar a eficiência dos processos de tomada de decisão. Não à toa, a escola foi nomeada pela American Bar Association, em 2014, como uma das 10 melhores escolas de direito para ensinar a tecnologia da prática.

A escola está expandindo o laboratório, em parceria com diversas universidades, para desenvolver aplicativos baseados em inteligência artificial para solucionar problemas em diferentes áreas da lei, ajudando inclusive na identificação de casos.

Novas ofertas curriculares incluem “Técnicas de Avaliação em Tecnologias de Tribunal”, que ensina aos alunos técnicas avançadas de avaliação e fundamentos da defesa de julgamentos usando tecnologia de tribunal; “Tecnologia da Computação em Prática Jurídica”, que ensina aos alunos como usar softwares para fornecer serviços jurídicos no contexto de um escritório de advocacia simulado; e um “Curso Capstone”, no qual os alunos trabalham com as clínicas de direito da Hofstra e com a Nassau / Suffolk Legal Services para melhorar os processos legais através da tecnologia, incluindo desenvolvimento de aplicativos e digitalização e automação de formulários legais.

Além deles, há outros cursos centrados na tecnologia, como “Introdução à Segurança Cibernética e Direito”, “Evidências com Tecnologia de Teste”, “Introdução à E-Discovery”, “Inteligência Artificial e Direito”, e “Introdução à Blockchain e Lei”.

A Hofstra Law ainda possui a “Sala do Tribunal do Futuro”, que dá aos alunos a oportunidade de vivenciar a prática contemporânea por meio do uso de software de práticas experimentais, apresentação digital e preservação de evidências, e videoconferência para testemunhas e especialistas externos.

A sala do tribunal também foi usada para sessões judiciais reais, incluindo processos da Divisão de Apelação (Segundo Departamento Judicial) e da Suprema Corte do Condado de Nassau (Divisão Comercial), que marcou a primeira vez que juízes daquela corte presidiram questões jurídicas comerciais complexas fora da Tribunal da Suprema Corte. (Com informações do Above The Law .)

Juristas
Juristashttp://juristas.com.br
O Portal Juristas nasceu com o objetivo de integrar uma comunidade jurídica onde os internautas possam compartilhar suas informações, ideias e delegar cada vez mais seu aprendizado em nosso Portal.

Deixe um comentário

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Modelo de contrato de prestação de serviços de Personal Trainer para Triatetlas

O presente contrato tem por objeto a prestação de serviços de personal trainer especializado em treinamento para triatletas, com o objetivo de melhorar o desempenho do Contratante nas modalidades de natação, ciclismo e corrida.

Empresa de fotos e vídeos condenada por falha em filmagem de casamento

A 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou a decisão da Comarca de Lavras que responsabilizou uma empresa de fotografia e vídeo a pagar R$ 10 mil por danos morais e R$ 1,4 mil por danos materiais a uma noiva, devido a falhas na filmagem de seu casamento.

Homem trans será indenizado por não ter nome social reconhecido em registro bancário

A 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) alterou uma decisão inicial e determinou que um banco indenize um homem trans em R$ 10 mil por danos morais devido ao não reconhecimento do seu nome social nos registros bancários.

Justiça condena hospital, plano de saúde e médico a indenizar paciente por erro em cirurgia

A 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou uma decisão da Comarca de Belo Horizonte que responsabiliza um hospital, um médico anestesista e um plano de saúde pelo pagamento de indenizações à uma paciente, totalizando R$ 200 mil, divididos igualmente entre danos morais e estéticos.