O TJRJ manteve o valor original da indenização à família do pedreiro Amarildo de Souza, morto em 2013 por policiais militares na Rocinha. Apesar da apelação do estado do Rio contra o valor original (R$ 500 mil para cada um dos 6 filhos e para a esposa, além de R$ 100 mil para cada um dos 4 irmãos do pedreiro), o tribunal a rejeitou. A sentença também estabeleceu, em 2016, uma pensão mensal equivalente a dois terços do salário mínimo à viúva.
Para o advogado da família, o resultado do julgamento é mais um passo rumo à vitória definitiva, mas ainda prevê mais 2 anos até o desfecho do caso. A viúva de Amarildo também ficou satisfeita com o resultado, mas disse que deseja ter os restos mortais do marido para que possa sepultá-lo com dignidade.
O procurador estadual disse que o estado reconhece culpa, mas que o alto valor de indenização pune a sociedade como um todo, e por isso recorrerá.
Atualmente, segundo cálculos do desembargador Gusmão, a indenização beira a casa dos R$ 6 milhões.
Em seu voto, o presidente da turma, Mauro Dickstein ressaltou que o caso Amarildo deve servir como paradigma: “Estamos tratando de um caso de tortura e desaparecimento de um corpo. Este processo reflete a enfermidade que estamos vivendo. Da banalização da vida”. (Com informações da Agência Brasil EBC.)