As últimas eleições presidenciais estiveram em destaque no Brasil por muitas semanas, nos principais veículos de comunicação e inclusive entre a população, e os seus resultados influenciam diretamente o futuro do país e o que se pode esperar das novas estratégias que serão adotadas pelos próximos anos. Apesar do pouco tempo que se passou desde que os resultados foram conhecidos, diferentes mercados responderam às eleições, por exemplo, no setor financeiro e de comércio internacional, e o mercado da tecnologia não poderia ser diferente.
Grandes empresas do setor podem se questionar, neste momento, em relação ao que
eventualmente mudaria em relação à cibersegurança e à proteção dos dados com a vitória de Lula, o candidato do Partido dos Trabalhadores. Esta preocupação é obviamente legítima, sobretudo quando se pensa na importância do tema para o panorama dos próximos anos, e no quanto um país que não se preocupa com essas questões pode ficar atrasado perante o resto dos estados mundiais.
A importância do cenário político
O cenário político de qualquer país pode gerar alguma apreensão por parte da sociedade, sobretudo quando o cenário muda drasticamente entre partidos que representam a oposição no espectro político. Essa mudança de governo, além disso, pode suscitar algumas questões que não devem ser deixadas de lado em nenhum lugar do mundo, como o futuro tecnológico de um país. No Brasil, nos últimos anos, uma das principais discussões tem sido ao redor da segurança dos usuários na internet, e por isso é natural que o tópico se mantenha em discussão pelos próximos anos — e que o público queira saber o que pode esperar.
Cibersegurança: o principal dilema do século
A questão da cibersegurança tem sido marcante ao redor do mundo, tanto a nível pessoal quanto profissional. Diversos recursos de segurança têm sido utilizados para tentar proteger os usuários de ataques hackers mal-intencionados ou mesmo para tentar evitar fugas de dados. Um desses recursos, por exemplo, tem sido o uso de uma VPN para PC que permite que as pessoas possam proteger a navegação de diferentes formas, além de contar com outras funcionalidades. Uma VPN permite, por exemplo, um nível de criptografia de dados mais forte que pode ser utilizado principalmente por empresas na era do home office para evitar qualquer tipo de prejuízos que um ataque hacker pode trazer.
Além do uso de softwares, diversos outros fatores, por exemplo, cursos de conscientização de equipes, autenticação de dois fatores em diversos aplicativos e mesmo a renovação temporária de senhas têm sido utilizados para tentar garantir que os usuários estejam um pouco mais seguros na internet. Por mais que se pense que os investimentos em segurança tecnológica possam ser eventualmente caros, vale lembrar que os prejuízos que a ausência destes investimentos pode causar são ainda maiores. Basta lembrar que meses após um ataque hacker direcionado à prefeitura do Rio de Janeiro, uma das maiores cidades do país, muitos sistemas informáticos ainda não tinham sido reestabelecidos — e sequer tinham previsão para isso. Ou seja, ao contrário do que muita gente pensa, não basta apenas “apertar um botão” para que tudo volte ao normal, e muitas vezes é necessário um trabalho redobrado por parte das equipes de programadores e analistas de sistemas para que tudo volte a funcionar corretamente.
Proteção de dados: uma questão mundial
Com um mundo cada vez mais globalizado, a preocupação com a segurança dos dados na internet é uma questão que se instala a nível mundial. Aliás, com diversas tecnologias que surgem para facilitar ainda mais a navegação dos usuários, esta é uma preocupação cada vez mais relevante, e obviamente o(s) futuro(s) presidente(s) brasileiros dos próximos anos não podem deixar para lá uma das grandes problemáticas do século.
O Brasil não está para trás no mercado tecnológico, tendo em vista, por exemplo, que 209 cidades já têm regulamentação para receber o 5G, e da mesma forma que as novas tecnologias surgem, o investimento em segurança tem que ser igualmente difundido sobretudo entre a população que pode estar mais vulnerável para ataques maliciosos.
O que esperar do futuro do Brasil
De forma geral, o futuro do Brasil novamente com o presidente Lula está atrelado ao restante do mundo, ou seja, o investimento no que diz respeito à segurança dos brasileiros na internet deve se manter assim como a tendência mundial — e inclusive aumentar nos próximos anos, dado que o número de brasileiros com acesso à internet de alta velocidade deve aumentar cada vez mais. O surgimento da rede 5G em cada vez mais localizações e a difusão das internets banda largas de altas velocidades mesmo em áreas mais remotas pode fazer com que os brasileiros dediquem ainda mais tempo à vida online, o que por si só também envolve mais perigos que precisam ser observados pelo governo, tendo em vista a quantidade de ameaças que estão presentes na rede o tempo todo.
Além disso, é provável que cada vez mais a internet seja também usada como uma ferramenta educativa, contribuindo para o desenvolvimento acadêmico de muitos brasileiros não apenas como a conhecida “educação a distância”, mas também como um complemento do ensino tradicional. As escolas precisam se habituar aos novos estudantes do século que têm cada vez mais acesso a informações em milésimos de segundos, de modo a tentar unir o útil ao agradável, o que faz com que a preocupação com a segurança dos dados desses estudantes precise ser levada em consideração.
No ritmo do mundo: o que deve mudar no Brasil
De uma maneira breve, ainda não se pode dizer se as leis e a abordagem no que diz respeito à cibersegurança irão se modificar substancialmente no Brasil, no entanto, um fato é que nos próximos anos a necessidade de leis mais rígidas e adequadas ao panorama futuro podem ser necessárias para garantir todos os direitos dos usuários na rede. Como é impossível prever todas as necessidades dos brasileiros frequentadores de plataformas que estão em plena ascensão como o Metaverso, por exemplo, tudo o que cabe ao novo governo é o bom senso necessário para perceber os limites entre a liberdade dos usuários e a proteção de cada um deles. Desta forma, a internet não será um “mundo à parte”, mas uma parte do mundo real em que as pessoas possam se sentir em segurança.
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