Brasileiros são presos nos EUA por tráfico de pessoas usando seus restaurantes

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Créditos: Filipe Frazão / Shutterstock.com

Dois brasileiros, foram presos em Massachusetts, nos Estados Unidos (EUA), suspeitos de liderarem um esquema de tráfico de pessoas. Pai e filho, Jesse James Moraes (64) e Hugo Giovanni Moraes (42), que administram dois restaurantes na cidade de Woburn, o Taste of Brazil – Tudo No Brasa e o The Dog House, foram indiciados, segundo o Departamento de Justiça dos EUA por um golpe em que convenciam e viabilizavam a entrada ilegal de outros brasileiros nos EUA, oferecendo emprego, com a pretensão de obter vantagens financeiras.

Um terceiro homem, identificado como Marcos Chacon, 29, também foi detido e indiciado por entregar documentos falsos às vítimas e ajudar na imigração de um estrangeiro que já havia sido deportado em outra ocasião.

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Crédito: Robertiez | Istock

Os investigados compareceram na terça-feira (4) a uma corte federal de Boston para um depoimento inicial e devem continuar presos pelo menos até a audiência de custódia, ainda sem data para acontecer.

Conforme a investigação do Departamento de Justiça, o esquema começava no Brasil, com o irmão de Jesse, Chelbe Moraes, que cobrava uma taxa entre US$ 18 mil e US$ 22 mil (entre R$ 93 mil e R$ 113 mil, na cotação atual) para levar as vítimas até os EUA. Lá, Jesse e Hugo contratavam os imigrantes em seus restaurantes em Woburn, sob a condição de que eles não receberiam o salário integral até pagarem a dívida de sua viagem e documentos falsos, que incluíam pedidos de refúgio ou vistos de trabalho.

Apesar de não morar nos Estados Unidos, Chelbe também foi indiciado pelo suposto tráfico de pessoas, além de enfrentar um processo por lavagem de dinheiro.

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Créditos: Michał Chodyra | iStock

Pela primeira acusação, de induzir e cooperar para a entrada ilegal de pessoas nos Estados Unidos para ganhos financeiros, a pena pode chegar a 10 anos de prisão, três anos de liberdade condicional e uma multa de até US$ 250 mil. Ajudar um imigrante deportado a voltar ao país rende até dois anos de prisão, três anos de liberdade condicional e multa de US$ 250 mil. Já o crime de lavagem de dinheiro tem pena de até 20 anos de prisão, três anos de liberdade condicional e multa de US$ 500 mil ou o dobro do valor movimentado no esquema, se o valor for maior.

Ainda não há previsão para que os suspeitos sejam julgados.

Com informações do UOL.


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Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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