Caso Alepa: acusadas mantém declarações

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Anotação na CTPS tem presunção relativa de veracidade para fins previdenciários
Créditos: Alexander Kirch / Shutterstock.com

Processo entrará em memoriais finais

Sob a presidência da juíza Alda Gessyane Tuma, da 11ª Vara Penal de Belém, Monica  Costa Pinto e Mylene Vania Carneiro Rodrigues, duas de um rol de 14 acusadas em esquema de inclusão de fantasmas na folha de pagamento da Alepa, ficaram frente a frente para uma acareação. Presente à audiência, além dos advogados dos réus, estava o promotor de justiça Wilson Brandão.

A acareação, que durou cerca de 40 minutos, foi solicitada pelos advogados de defesa de José Robson do Nascimento, conhecido por Rob Gol, objetivando esclarecer pontos controversos nos depoimentos das duas acareadas.

O primeiro questionamento feito foi sobre a forma de ingresso na Alepa da ré Mylene Carneiro Rodrigues, uma vez que ao pedir o benefício da delação premiada, Monica Pinto, então chefe da seção de pagamento, afirmou ter sido através de Daura Hage.

A acareada afirmou que fora Monica Pinto que teria lhe empregado na Alepa, para ocupar cargo comissionado, sob a promessa de repassar valores a mais que seriam depositados na sua conta corrente do Banpará. Mylene declarou que, ao ser admitida, foi lotada no gabinete do ex-deputado Júnior Hage, mas, ficou à disposição da então amiga Monica Pinto.

Monica Pinto nega e afirma não ter tido ingerência alguma na recontratação de Mylene Rodrigues ou de outras pessoas, na folha de pagamento da Alepa. A ré afirma que a ordem de colocação da funcionária foi de Daura Hage e de Maria Genuina Carvalho de Oliveira, à época superiores hierárquicos de Monica Pinto no órgão.

No final da acareação, a juíza determinou à Secretaria verificar o recebimento de documentos solicitados por advogados de defesa e Ministério Público, como: declarações da Refeita Federal, informações da Alepa com a relação dos deputados, no período de 2007; relação dos servidores e formas de ingresso no órgão, entre outros. Só após a chegada dessa documentação a juíza poderá definir prazo para que acusação e defesa apresentem seus memoriais finais, e por fim, prolatar sua sentença.

São reus no processo: Daura Irene Xavier Hage;  Semel Charone Palmeira; Edmilson de Souza Campos; Mylene Vania Carneiro Rodrihues; Elzilene Maria Lima Araújo;  Monica Alexandra da Costa; Jorge Moisés Caddah; Adailton dos Santos Barbosa; Fernando Augusto de Carvalho Rodrigues; Sérgio Moreira Duboc; Elenice da Silva Lima; Maria Genuína Carvalho de Oliveira; Danielle Naya Xavier Hage Gonçalves (filha de Daura Alves); e José Robson do Nascimento, conhecido por Bob Gol.

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