A juíza Placidina Pires, da 1ª Vara dos Feitos Relativos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), condenou o ex-analista financeiro, Charlieston Marques Santana, a mais de oito anos de prisão por manipular fundos da empresa onde trabalhava por meio de artifícios de dívidas fictícias e desvio dos valores para a conta bancária de sua mãe.
O réu, aproveitou-se de sua posição para subtrair aproximadamente R$ 180 mil por meio de 132 transferências, das quais 126 foram destinadas à conta de sua mãe. O desvio de recursos foi descoberto pela empresa após uma auditoria interna que revelou discrepâncias nos pagamentos efetuados pelo acusado.
Charlieston Marques Santana, após seu desligamento, admitiu as ações em depoimento à polícia, confirmando ter feito as transferências. O acusado alegou ter acesso às senhas da empresa e que sua mãe não tinha conhecimento até ser chamada pela polícia.
A juíza Placidina Pires embasou sua decisão na abundância de provas, incluindo registros de atendimento integrado, documentos oficiais, relatório policial e testemunhos. A magistrada afirmou que a autoria dos crimes de furto qualificado e lavagem de dinheiro estava indiscutivelmente comprovada.
Quanto aos valores subtraídos, a auditoria realizada por uma empresa terceirizada contratada pela vítima constatou 135 pagamentos irregulares entre janeiro de 2016 e julho de 2019. Desses, 126 foram direcionados à conta da mãe do acusado, seis à conta do próprio acusado e três à Universidade Católica (PUC Goiás), totalizando R$ 183 mil.
Para a juíza, a ação criminosa de Charlieston Marques foi claramente demonstrada pelos elementos de prova. Ela observou que a maioria das transações ilícitas foi disfarçada pela transferência dos valores para a conta bancária de sua mãe, a fim de evitar suspeitas.
Com informações do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO).
Você sabia que o Portal Juristas está no Facebook, Twitter, Instagram, Telegram, WhatsApp, Google News e Linkedin? Siga-nos