Homem com hanseníase é aposentado por invalidez

Data:

Idoso com hanseníase é aposentado por invalidez

Aposentadoria Rural por Invalidez para portador de hanseníase
Créditos: filipefrazao / iStock

Portador de hanseníase, Antônio Eterno de Oliveira, de 57 anos a aposentadoria rural por invalidez, durante o programa Acelerar – Núcleo Previdenciário, na comarca de Jussara, no estado de Goiás.

A audiência foi presidida pelo juiz de direito que coordena do Núcleo Previdenciário, Reinaldo de Oliveira Dutra.

Apesar de fazer o tratamento de saúde, Antônio Eterno continua a sofrer com os sintomas da doença. Ele teve alguns membros mutilados e ainda sente dores nas mãos e pés.

"Quando descobri, a doença já estava avançada e, por isso, tive problemas nos dedos", afirmou o agora aposentado.

A doença hanseníase, segundo o sítio virtual minha vida, também é denominada de Lepra, sendo uma doença infecciosa e contagiosa causada por um bacilo chamado Mycobacterium leprae.

De acordo com o mesmo site, a hanseníase não constitui uma doença hereditária e sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa que foi infectada pelo bacilo acima destacado. Pode ser dito que a bactéria responsável por provocar a hanseníase costuma evoluir lentamente e pode levar até 20 (vinte) anos para desenvolver sinais da infecção.

O tratamento de hanseníase é realizado no Hospital de Doenças Tropicais em Goiânia (HDT) e, pelo menos 1 (uma) vez por mês, ele vai no transporte oferecido pela prefeitura da cidade onde reside para a capital goiana.

“Eu vou porque é tudo de graça, mas as vezes o médico me passa uma receita e eu não tenho dinheiro para comprar”, contou.

De acordo com ele, o dinheiro que passará a receber vai ajudar “a comer e comprar os remédios”. O novo aposentado afirma que moveu uma ação na Justiça de Goiás esse ano e já obteve a resposta para seu problema.

“Foi bem rápido e esse dinheiro veio como presente. Eu minha mulher estamos sem ter o que comer”, desabafou.

Antônio Eterno de Oliveira destaca que laborou a vida toda na roça e foi no ano de 2011 que descobriu que estava com a doença.

“Eu até vivia bem, porque eu trabalhava e recebia, pouco, mas recebia. Aí eu não consegui mais trabalhar e comecei a passar necessidades das coisas”, destacou, ao afirmar que a esposa faz bicos para ajudar.

Remédio para Hanseníase
Créditos: MJ_Prototype / iStock

Agora aposentado, o senhor Antônio de Oliveira ressalta que sua vida vai mudar para melhor.

“Eu pelo menos terei dinheiro para comprar o que comer. Estou muito feliz porque não vou passar necessidades das coisas”, destacou, ao mostrar o receituário guardado na carteira que consta um remédio que ainda não comprou porque não tem os R$ 50,00 (cinquenta reais) necessários para compra-lo. (Com informações do Centro de Comunicação Social do TJGO)

Wilson Roberto
Wilson Robertohttp://www.wilsonroberto.com.br
Advogado militante, bacharel em Administração de Empresas pela Universidade Federal da Paraíba, MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas, professor, palestrante, empresário, Bacharel em Direito pelo Unipê, especialista e mestre em Direito Internacional pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa. Atualmente é doutorando em Direito Empresarial pela mesma Universidade. Autor de livros e artigos.

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Modelo de contrato de prestação de serviços de Personal Trainer para Triatetlas

O presente contrato tem por objeto a prestação de serviços de personal trainer especializado em treinamento para triatletas, com o objetivo de melhorar o desempenho do Contratante nas modalidades de natação, ciclismo e corrida.

Empresa de fotos e vídeos condenada por falha em filmagem de casamento

A 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou a decisão da Comarca de Lavras que responsabilizou uma empresa de fotografia e vídeo a pagar R$ 10 mil por danos morais e R$ 1,4 mil por danos materiais a uma noiva, devido a falhas na filmagem de seu casamento.

Homem trans será indenizado por não ter nome social reconhecido em registro bancário

A 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) alterou uma decisão inicial e determinou que um banco indenize um homem trans em R$ 10 mil por danos morais devido ao não reconhecimento do seu nome social nos registros bancários.

Justiça condena hospital, plano de saúde e médico a indenizar paciente por erro em cirurgia

A 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou uma decisão da Comarca de Belo Horizonte que responsabiliza um hospital, um médico anestesista e um plano de saúde pelo pagamento de indenizações à uma paciente, totalizando R$ 200 mil, divididos igualmente entre danos morais e estéticos.