Idoso com hanseníase é aposentado por invalidez
Portador de hanseníase, Antônio Eterno de Oliveira, de 57 anos a aposentadoria rural por invalidez, durante o programa Acelerar – Núcleo Previdenciário, na comarca de Jussara, no estado de Goiás.
A audiência foi presidida pelo juiz de direito que coordena do Núcleo Previdenciário, Reinaldo de Oliveira Dutra.
Apesar de fazer o tratamento de saúde, Antônio Eterno continua a sofrer com os sintomas da doença. Ele teve alguns membros mutilados e ainda sente dores nas mãos e pés.
“Quando descobri, a doença já estava avançada e, por isso, tive problemas nos dedos”, afirmou o agora aposentado.
A doença hanseníase, segundo o sítio virtual minha vida, também é denominada de Lepra, sendo uma doença infecciosa e contagiosa causada por um bacilo chamado Mycobacterium leprae.
De acordo com o mesmo site, a hanseníase não constitui uma doença hereditária e sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa que foi infectada pelo bacilo acima destacado. Pode ser dito que a bactéria responsável por provocar a hanseníase costuma evoluir lentamente e pode levar até 20 (vinte) anos para desenvolver sinais da infecção.
O tratamento de hanseníase é realizado no Hospital de Doenças Tropicais em Goiânia (HDT) e, pelo menos 1 (uma) vez por mês, ele vai no transporte oferecido pela prefeitura da cidade onde reside para a capital goiana.
“Eu vou porque é tudo de graça, mas as vezes o médico me passa uma receita e eu não tenho dinheiro para comprar”, contou.
De acordo com ele, o dinheiro que passará a receber vai ajudar “a comer e comprar os remédios”. O novo aposentado afirma que moveu uma ação na Justiça de Goiás esse ano e já obteve a resposta para seu problema.
“Foi bem rápido e esse dinheiro veio como presente. Eu minha mulher estamos sem ter o que comer”, desabafou.
Antônio Eterno de Oliveira destaca que laborou a vida toda na roça e foi no ano de 2011 que descobriu que estava com a doença.
“Eu até vivia bem, porque eu trabalhava e recebia, pouco, mas recebia. Aí eu não consegui mais trabalhar e comecei a passar necessidades das coisas”, destacou, ao afirmar que a esposa faz bicos para ajudar.
Agora aposentado, o senhor Antônio de Oliveira ressalta que sua vida vai mudar para melhor.
“Eu pelo menos terei dinheiro para comprar o que comer. Estou muito feliz porque não vou passar necessidades das coisas”, destacou, ao mostrar o receituário guardado na carteira que consta um remédio que ainda não comprou porque não tem os R$ 50,00 (cinquenta reais) necessários para compra-lo. (Com informações do Centro de Comunicação Social do TJGO)