O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, anunciou na sexta-feira que “o consumidor poderá, em breve, fazer compras na função crédito via Pix”. Essa funcionalidade permitirá efetuar transações de crédito diretamente pelo Pix, dispensando o uso do cartão de crédito.
Campos Neto explicou: “Você vai juntar o Pix e outros produtos, lembrando que você vai poder começar a poder fazer crédito no Pix, então, em algum momento, no futuro, você não precisará ter cartão de crédito, poderá fazer tudo no Pix”. Ele fez essa declaração durante um evento promovido pela Associação Comercial do Paraná.
Além disso, o presidente do BC também divulgou os planos de introduzir uma “ferramenta de agregador financeiro”, um aplicativo que centralizará produtos e serviços bancários em um único ambiente. “No agregador financeiro, você não precisará mais ter um app [aplicativo] para cada banco. Você poderá ter apenas um, que vai centralizar todos os produtos com portabilidade e competitividade em tempo real”, afirmou Campos Neto.
Já durante uma palestra para empresários paranaenses, pela manhã, Campos Neto havia mencionado a intenção do Banco Central de expandir as opções para o consumidor acessar compras a crédito. Desde o seu lançamento em 2020, o Pix, sistema de transferências instantâneas, vem passando por testes de outras funcionalidades, incluindo operações agendadas e pagamentos recorrentes. O BC também está analisando a viabilidade de usar o Pix para transações internacionais.
Em relação ao “fim do rotativo” do cartão de crédito, assunto mencionado anteriormente por Campos Neto, ele esclareceu: “A nossa ideia era fazer um plano onde passasse por ter um parcelamento, ou seja, não ter o rotativo, de tal forma que a gente conseguisse equilibrar os números para o produto. Não temos os detalhes. Tomei um puxão de orelha depois que falei. Nos próximos dias, vamos ter um formato mais decisivo”. A declaração sobre o rotativo ocorreu em audiência pública no Senado, e o presidente do BC não detalhou quem o repreendeu. Ele mencionou estar discutindo a ideia com o Ministério da Fazenda, instituições financeiras e associações empresariais.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, também afirmou recentemente que os juros do cartão de crédito rotativo irão diminuir gradualmente, mas as taxas ainda permanecerão altas até que o governo alcance um consenso com os bancos para um sistema financeiro mais sustentável.
Com informações da Agência Brasil.
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