Durante assembleia geral, credores da Samarco Mineração votaram pela aprovação de prazo de 30 dias para que apresentem um plano de recuperação judicial alternativo ao proposto pela companhia, que foi reprovado.
A proposta teve aprovação de 100% dos credores da classe trabalhista, de 98,77% dos da classe de micro e pequenas empresas e de 99,07% dos quirografários, na contagem por cabeça. Na contagem por valor do crédito, 100% dos credores votaram a favor do prazo de 30 dias para envio plano alternativo.
Conforme a Samarco, Daniel Villas Boas, disse que o histórico das negociações até hoje mostra que os credores financeiros querem asfixiar a empresa, para que seja obrigada a aprovar medidas que só trarão ganhos a eles, e não estão interessados na recuperação da companhia.
“Os credores financeiros querem lucros exorbitantes. Por isso, nenhum plano razoável é aceito. Nenhum plano será avaliado de forma razoável, a menos que consigam 100% do valor do crédito, além de juros, o que é absolutamente inviável para a Samarco”, afirmou Villas Boas. O advogado acusou os credores financeiros de exercício abusivo do direito ao voto”.
O advogado Paulo Padis, que representa mais de 120 credores financeiros, disse em réplica que houve abuso dos donos da empresa, que “quiseram usar a Samarco para beneficiar os acionistas”. “Nós não temos outra fonte de recuperação dos créditos que não a própria Samarco”, disse o advogado, argumentando que é de interesse dos credores que a empresa se recupere. Ele afirmou ainda que qualquer plano que for apresentado será tão bom ou melhor do que o proposto pela Samarco.
Com informações do Valor Econômico.
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