A estratégia controversa foi comunicada à patrulha em um discurso realizado na fronteira no Arizona. Disse o procurador: “Se você cruza a fronteira ilegalmente, nós vamos processar você. Se você ajuda pessoas a entrar clandestinamente no país, vamos processar você. Se você entra clandestinamente com uma criança no país, vamos processar você e separar a criança de você (…). Se você não gosta disso, então não atravesse nossas fronteiras clandestinamente com crianças”
O controle agressivo da imigração não é mero discurso. O procurador informou serão enviados mais 35 promotores e 18 juízes de imigração para locais próximos à fronteira. Eles serão responsáveis pelo julgamento de imigrantes ilegais pelo exame de casos de pedido de asilo.
A diferença para os imigrantes
Antes dessa medida, a pessoa que atravessava a fronteira era levada a um juiz. Após a audiência, era solta e esperava o processo de deportação em liberdade. Às vezes, enquanto aguardava, conseguia autorização de trabalho para o sustento da família. Se entendiam que o julgamento poderia ser favorável, voltavam ao tribunal. Se não, desapareciam no país como imigrante ilegal.
Com a “tolerância zero”, as crianças são tiradas dos pais e ficam sob a custódia de uma uma agência de reassentamento de refugiados do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, de acordo com o New York Times. Isso acontece para protegê-las de possíveis adultos que se passam por seus pais.
A entrada ilegal no país é uma contravenção penal chamada de “entrada inapropriada de alienígena” (“improper entry by alien”). Mais rigorosa, ela prevê pena de prisão de 6 meses ou multa para contraventores primários, até 2 anos de prisão e multa para segundas tentativas de entrada ilegal no país. (Com informações do portal Conjur.)