Fabricante do copo Stanley cria selo contra produtos falsificados

Data:

falsificação de documentos
Créditos: BernardaSv / iStock

No período compreendido entre 2018 e 2022, a Pacific Market International – PMI Worldwide, detentora da marca Stanley, conhecida por seus copos térmicos que mantêm as bebidas geladas por longas horas, registrou um crescimento exponencial de 700% em seu faturamento exclusivamente na região da América Latina. Porém, com esse êxito veio um conjunto de desafios, sendo o principal a luta contra a disseminação de produtos falsificados. A PMI tem se empenhado em desenvolver estratégias de prevenção e contenção das atividades criminosas.

Condenação de ex-prefeito
Créditos: Bernarda Sv | iStock

A partir de 2021, a empresa introduziu uma solução baseada em inteligência artificial (IA) em território brasileiro, que realiza monitoramentos online e suprime anúncios de produtos falsificados presentes em plataformas de e-commerce e redes sociais. Essa abordagem já resultou na desativação de 65.000 links desde o início de sua implementação, sendo 15.000 deles apenas nos primeiros meses de 2023. No entanto, o panorama está em constante evolução, pois os falsificadores ajustaram suas táticas, impulsionando assim a intensificação da atuação no Brasil.

Nos últimos meses, a empresa contratou um escritório de advocacia como parte de um esforço para reforçar suas iniciativas em colaboração com as autoridades competentes. O escritório passa a atuar na coordenação das denúncias e na compilação de dossiês contendo informações detalhadas sobre locais que comercializam produtos ilícitos.

O que se sabe até aqui sobre os copos Stanley falsos

A primeira ação, realizada na região da 25 de Março, conhecida pelo comércio popular em São Paulo, encontrou produtos falsos em 15 estabelecimentos.

“Antes, a maior ameaça era online, nas mídias sociais e marketplace, mas os produtos começaram a aparecer nos pontos de venda de forma expressiva”, diz Pedro Ipanema, vice-presidente de Marketing da PMI, empresa responsável pela marca desde 2002.

inss
Créditos: M-A-U | iStock

A ideia agora é intensificar a agenda, outras três ações já estão previstas. “Aos poucos, a gente vai para o Brasil todo”, diz. “Acho que o grande furo será quando a gente pegar o depósito que vendeu para essas pequenas lojas”.

O próximo passo na sequência operacional é identificar as fábricas situadas na China que estão por trás da fabricação das mercadorias falsificadas e acionar o governo local.

Esse desafio tem impulsionado o país a se transformar em um verdadeiro hub para a PMI, na adoção de tecnologias antifraudes. Inicialmente implementada no território nacional, a ferramenta de rastreamento online agora está sendo gradualmente estendida a outras nações da região.

A empresa não consegue quantificar os impactos dos produtos falsos, mas encara as iniciativas como parte de uma estratégia de prevenção para conter danos que mexam em definitivo com os ponteiros do negócio.

Novidades na segurança

A mais recente novidade, com ‘premiere’ por aqui, é o desenvolvimento de um selo anticópia. A Stanley foi atrás de uma tecnologia desenvolvida pela SICPA Holding, empresa suíça especializada em tintas de segurança para moedas e produtos, que tem entre os clientes a casa da moeda dos Estados Unidos.

Nos copos e garrafas que começam a chegar no mercado, os selos vão aparecer tanto na parte externa da embalagem quanto nos próprios produtos.

O primeiro, na caixa, muda de cor e enunciado conforme o ângulo de visão; e o segundo direciona para um aplicativo proprietário em que o consumidor pode checar a autenticidade do produto.

“É uma etiqueta que se as pessoas tentarem tirar para colocar em outro produto, ela se destrói. E, ao mesmo tempo, aguenta uma quantidade boa de lavagens, até em máquina de lavar e altas temperaturas”, diz Ipanema.

Segundo o executivo, como muitos estabelecimentos ainda têm estoques, ainda vai levar um tempo até que os novos modelos sejam maioria nas lojas.

O esforço é mais um para tentar acompanhar a velocidade com que os criminosos evoluem as suas falsificações.

Quando a Stanley começou a fazer sucesso no Brasil, as primeiras cópias eram em aço polido, não em aço escovado como os produtos da marca, e não tinham informações no fundo.

Hoje, essas diferenças já caíram por terra e confundem quem pretende adquirir os itens. “Toda marca que não andou para frente, acabou. Eu acho que o combate mais efetivo é a inovação”.

Com informações de Exame.


Você sabia que o Portal Juristas está no FacebookTwitterInstagramTelegramWhatsAppGoogle News e Linkedin? Siga-nos

Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

AB2L London Summit: a revolução da advocacia global passa por Londres

Evento inédito reúne lideranças jurídicas para explorar inovação, tecnologia...

Justiça catarinense confirma possibilidade de penhora de bens comuns do casal em ação de execução

A penhora sobre os bens comuns do casal no regime de comunhão universal de bens é juridicamente viável, desde que a meação do cônjuge não devedor seja devidamente preservada, conforme determina o artigo 1.667 do Código Civil, observando as exceções previstas no artigo 1.668.

Digital Influencer será indenizado após suspensão injustificada de conta no TikTok

A suspensão arbitrária de um perfil em rede social configura falha na prestação de serviço, especialmente quando a conta é utilizada como fonte de renda. Caso a plataforma não comprove a violação dos termos de uso, pode ser condenada à reativação do perfil e ao pagamento de indenização por danos morais.

Justiça exige maior rigor de multinacional para combater golpes virtuais durante Black Friday

O juízo da 2ª Vara Cível da comarca de Brusque determinou que uma multinacional de anúncios digitais adote medidas imediatas para prevenir o uso de sua plataforma em golpes virtuais. A decisão, proferida em 25 de novembro de 2024, obriga a empresa a bloquear anúncios que utilizem indevidamente o nome e a imagem de uma rede de lojas de departamentos e de seu proprietário, salvo os provenientes de perfis verificados e oficiais.