O subprocurador-geral de Administração do MPRJ Lima Neto disse que a mudança na equipe do Ministério Público do Rio de Janeiro em nada afetará a investigação do caso Marielle. O MP-RJ informou que a promotora Letícia Emili assumirá as funções de Homero das Neves Freitas Filho, promovido a procurador de Justiça pelo Conselho Superior do MPRJ.
Lima disse que “a questão é que o MP respeita o promotor natural e, nesse caso, a promotora que cuidará desse caso, por uma questão de metodologia, ao invés de montar uma força-tarefa, ela prefere contar com a colaboração do Gaeco. É apenas um tipo de metodologia que um ou outro profissional possui”.
No que diz respeito à sugestão do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, de passar a investigação para a esfera federal, Lima disse que a investigação já é integrada, e que o “MP não se opõe à participação de todas as forças de segurança e de inteligência para a elucidação desse caso. É importante, é cobrado no Brasil e no exterior. O que ficou dito é que de fato já existe a colaboração da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal nesse caso. Foi dito com muita clareza pelo delegado que conduz a investigação”.
O diretor da Divisão de Homicídios (DH), delegado Fábio Cardoso disse que a troca da equipe não altera a boa relação entre a divisão e o MP, uma vez que “a DH já tem uma expertise de longa data de investigar homicídios aqui no Rio [de Janeiro]. Temos todo o apoio da chefia de polícia, da Secretaria de Segurança, da intervenção. Estamos tendo desde o início apoio da inteligência, da parte técnica pericial, de outros órgãos, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e das forças militares. Desde o início até este momento não estamos com nenhuma carência de questão técnica ou de inteligência na apuração desse caso”. (Com informações da Agência Brasil EBC.)