Por meio do chamado Projeto Garimpo, a Justiça do Trabalho localizou, no primeiro semestre deste ano, R$ 10,8 milhões depositados em contas judiciais antigas, que foram esquecidos pelos titulares.
O montante, valores não sacados mesmo após notificação da unidade judiciária, foi devolvido aos titulares dos créditos: empresas, trabalhadores, advogados, peritos e União. O projeto é desenvolvido pelo Juízo Auxiliar de Execução (JAE) do o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4/RS), coordenado pelo juiz Carlos Ernesto Maranhão Busatto.
Vinculado à Corregedoria do Tribunal, o setor analisou 1.058 processos entre janeiro e junho, maior volume desde o início do pente-fino, em setembro de 2020. No total, já foram localizados e devolvidos R$ 59 milhões.
Conforme o coordenador do JAE, a maior parte dos casos é de empresas que fizeram depósitos para apresentar recursos, ganharam as ações e não sacaram o valor de volta. Também há situações em que advogados perderam o contato com os clientes e o dinheiro ficou depositado, e de peritos que esqueceram de resgatar seus honorários. “Além disso, devolvemos valores para a União quando se trata de custas, contribuição previdenciária e imposto de renda não recolhidos antes do arquivamento em definitivo do processo”, complementa o juiz.
Quando o JAE detecta o dinheiro esquecido, os titulares são notificados para sacar.
O Projeto Garimpo analisa processos arquivados definitivamente até 14 de fevereiro de 2019. Após essa data, o tratamento dos depósitos em contas judiciais ativas é da responsabilidade das Varas do Trabalho.
Com informações do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT).
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