A força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro prendeu o procurador do estado Renan Saad, suspeito de receber R$ 1,265 milhão da Odebrecht para alterar o traçado da expansão do metrô do Rio. De acordo com as investigações, o procurador referendou a alteração no contrato da construção da Linha 4 do metrô, sem a necessidade de fazer uma nova licitação, o que encareceu em mais de 11 vezes o valor da obra.
Para os investigadores, os pareceres do procurador foram “fundamentais” para a viabilização das obras do sistema metroviário. A licitação original previa um traçado por Botafogo, Humaitá e Gávea, até São Conrado e Barra, mas as mudanças sustentadas pelo parecer de Saad autorizaram o estado a custear as obras em Ipanema e Leblon, o que obrigaria nova metodologia.
Saad utilizou, dentre outros argumentos, estudos de demanda e viabilidade. Os pagamentos foram feitos por meio do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, sistema utilizado para repassar propinas a políticos.
O governo do RJ recebeu R$ 59,2 milhões em propinas relativas à expansão do metrô somente da Odebrecht.
(Com informações do G1)