O médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, foi condenado nesta segunda-feira (10), a 100 anos de prisão pelos crimes de estupro de vulnerável e de violação sexual mediante fraude, segundo o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO).
As sentenças foram proferidas pelo juiz Marcos Boechat Lopes Filho, juiz titular da comarca de Abadiânia, e envolvem oito vítimas que relataram abusos sofridos entre 2010 e 2018, durante atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, Goiás. Pela decisão, João de Deus ainda terá que pagar às vítimas R$ 100 mil por danos morais.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Goiás, João Teixeira de Faria já foi condenado a 370 anos de prisão. Quatro processos que ainda estão em andamento podem aumentar a pena. Em um dos processos, que está relacionado a denúncias que vieram à tona entre 2009 e 2011, as acusações foram arquivadas porque os crimes prescreveram. Cabe recurso em todos os casos.
Em 2019, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) apresentou nove denúncias contra João de Deus, nas quais ele é acusado de crimes como estupro de vulnerável e violação sexual. Segundo o MP, os crimes ocorreram pelo menos desde 1990, sendo interrompidos em 2018, quando as primeiras denúncias foram divulgadas pela imprensa.
A defesa do ex-líder da Casa de Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, nega que ele tenha cometido qualquer violência sexual, e recorre de todas as sentenças. Conforme o advogado Anderson Van Gualberto de Mendonça, “Caso essa nova sentença adote as metodologias anteriores, estão fadadas a reforma pelos tribunais superiores, uma vez que estão em desacordo com a nossa legislação penal”. Ele afirma que a defesa aguardará ser intimada para recorrer.
Com informações de UOL e Agência Brasil.
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