Cármen Lúcia, presidente do STF, anunciou que o Projeto Victor já está em funcionamento. Ele foi desenvolvido em parceria com a UnB e utiliza Inteligência Artificial para aumentar a eficiência e a velocidade de avaliação judicial dos processos que chegam ao tribunal.
A ministra explicou que a ferramenta será utilizada para converter imagens em textos no processo digital, separar documento do começo e do fim em todo o acervo do Tribunal, separar e classificar as peças processuais mais utilizadas no STF e identificar os temas de repercussão geral de maior incidência.
Os testes do programa concluíram que ele conseguiu identificar corretamente 60% do total de temas de repercussão geral. Atualmente, o nível de precisão na triagem é de 84%, mas atingirá 95% no próximo mês, de acordo com Cármen Lúcia.
Ela destacou que o trabalho para converter imagens em texto toma 3 horas de um servidor, mas será feito em 5 segundos com a nova ferramenta. É, por isso, uma forma de aproveitar melhor os recursos materiais e humanos do Tribunal, “acelerando a análise dos processos e reduzindo o congestionamento na admissibilidade dos recursos nos tribunais de origem, auxiliando o Poder Judiciário a cumprir sua missão em diversas instâncias”.
Assim, será possível destinar os servidores para tarefas mais complexas do processamento judicial. “Acho que com isso iniciamos uma outra etapa, que é de aprimoramento do que temos e, principalmente, de celeridade no julgamento dos processos.”
O nome do projeto é uma homenagem a Victor Nunes Leal (falecido), ministro do STF de 1960 a 1969, principal responsável pela sistematização da jurisprudência do STF em súmula. (Com informações do Supremo Tribunal Federal.)