Congresso estadunidense avalia o uso da tecnologia de reconhecimento facial pela policia

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CNJ desenvolverá tecnologia inédita para egressos do sistema prisional
Créditos: Natali_Mis | iStock

Em audiência pública realizada esta semana, o Congresso Nacional dos EUA se propôs a avaliar o uso da tecnologia de reconhecimento facial pelos agentes da lei. Os deputados dos dois principais partidos (Republicano e Democrata) concordaram em elaborar leis mais rígidas para evitar prisões injustas a partir do uso de dispositivos tecnológicos.

A audiência ocorreu após o Government Accountability Office, órgão do Congresso responsável por investigar as contas do governo, pedir mais esforços das agências federais americanas, como o FBI, para evitar preconceitos e uso indevido em seus sistemas de reconhecimento facial.

Ativistas dos direitos humanos denunciam que os sistemas de reconhecimento facial estão contaminados por uma visão preconceituosa contra mulheres e pessoas negras, criando pretextos para as autoridades policiais para agirem desproporcionalmente, como aconteceu com Robert Williams.

Preso em 2020, após ser identificado erroneamente pelo software do departamento de Polícia de Detroit, Williams, que ficou detido por 30 horas sem água ou comida, sobre crime, terrorismo e segurança interna, é negro e foi identificado a partir de uma imagem granulada das câmeras de segurança.

“A adoção em larga escala dessa tecnologia injetaria mais desigualdade no sistema em um momento em que deveríamos nos mover para tornar o sistema de justiça criminal mais equitativo”, reforçou, durante a audiência, Sheila Jackson Lee, deputada pelo Partido Democrata.

Com informações do UOL.


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Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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