A fabricante de veículos elétricos Tesla está sendo processada por limitar a utilização das baterias de veículos mais antigos por meio de uma atualização de software. Assim, evitaria um recall para consertar baterias supostamente defeituosas. Essa foi a alegação de um proprietário do veículo para iniciar um processo no tribunal federal do norte da Califórnia. Ele alega fraude e busca o status de ação coletiva para os proprietários do Model S e do Model X em todo o mundo. O alcance perdido (40 milhas) foi detalhado por milhares de usuários.
Alguns proprietários compraram modelos mais caros por oferecerem maior alcance e apontaram que a Tesla tirou isso com a atualização do software, desvalorizando o carro, limitando a distância de viagem e forçando-os a recarregar com mais frequência.
O Model S 85, do autor do processo, perdeu a capacidade da bateria em cerca de 8 kWh. A Tesla disse que a degradação era normal e que “uma porcentagem muito pequena de proprietários de veículos Model S e X mais antigos podem ter notado uma pequena redução no alcance máximo de carga após uma atualização de software projetada para melhorar a longevidade da bateria”.
A empresa tinha anunciado, em junho, que planejava melhorar o impacto da atualização de software após a reclamação de alguns proprietários, que não conseguem utilizar a capacidade de suas baterias em 100%. Enquanto uns buscaram reparação na justiça, outros venderam seus carros ou desativaram o Wi-Fi para evitar atualizações de software que possam afetar seu alcance.
Diz o processo que, “Sob o disfarce de ‘segurança’ e para aumentar a ‘longevidade’ das baterias, a Tesla manipulou fraudulentamente seu software com a intenção de evitar seus deveres e obrigações legais para com seus clientes de consertar ou substituir as baterias dos veículos. A Tesla sabia que elas eram defeituosas, mas não informaram seus clientes sobre os defeitos”.
(Com informações do Uol)