Apurações da Receita Federal e “fake news” são objeto de deliberação no STF

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Fake News
Fake News - Créditos: ANNECORDON / iStock

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, deliberou sobre dois assuntos importantes na Corte. O primeiro diz respeito ao combate às fake news, ameaças e outros ataques feitos contra a Corte e seus membros. Ele determinou a prorrogação por mais 180 dias do Inquérito 4781, que apura notícias fraudulentas. O fundamento é a atribuição regimental do presidente da Corte de velar pela intangibilidade das prerrogativas do STF e dos seus membros (artigo 13, inciso I, do Regimento Interno do STF). 

O outro assunto diz respeito aos procedimentos investigatórios instaurados na Receita Federal ou em órgãos referentes à nota Copes. O ministro determinou a suspensão imediata dos procedimentos com base em “presentes graves indícios de ilegalidade no direcionamento das apurações em andamento”. Ele ainda decidiu pelo afastamento temporário de dois servidores da Receita Federal por indevida quebra de sigilo.

Em sua avaliação, “Considerando que são claros os indícios de desvio de finalidade na apuração da Receita Federal, que, sem critérios objetivos de seleção, pretendeu, de forma oblíqua e ilegal investigar diversos agentes públicos, inclusive autoridades do Poder Judiciário, incluídos Ministros do Supremo Tribunal Federal, sem que houvesse, repita-se, qualquer indício de irregularidade por parte desses contribuintes”.

Moraes ainda requisitou informações detalhadas sobre “constatação da CGU de indícios de irregularidades tributárias e participação de agentes públicos em esquemas escusos”, bem como quais os “subsídios apresentados pelo Tribunal de Contas da União; ainda em 2016 (...) apontando indícios de incompatibilidade entre a variação patrimonial e as receitas informadas por agentes públicos em declaração anual de bens e rendas”.

Decisão Apurações da Receita Federal

(Com informações do Supremo Tribunal Federal)

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