Em razão das recentes queimadas ocorridas na Amazônia, observamos como questão sublime a possibilidade de responsabilidade dos atuais governantes acerca desta devastação, com especial atenção ao Ministro do Meio Ambiente.
Neste sentido, conforme indĂcios, vĂŞ-se que medidas judiciais vĂŞm sendo tomadas contra a pessoa do Ministro, como o caso da bancada da Rede Sustentabilidade, que protocolou na Ăşltima quinta-feira, 22 de agosto de 2019, um pedido de impeachment por crime de responsabilidade.
Em suma as acusações efetuadas pelo Partido Rede Sustentabilidade, são as seguintes:
1 – “violar a Constituição ao alterar a governança do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e de negligenciar a situação ambiental do paĂs”
2 – ” perseguição a servidores pĂşblicos, como a exoneração do cargo de chefia que ocupava no Ibama o fiscal JosĂ© OlĂmpio Augusto Morelli”.
Verifica-se que há indĂcios de omissĂŁo de autoridades, diante do aumento das queimadas, observando um acrĂ©scimo de 60% do que ocorreu nos Ăşltimos anos no Brasil, o que deve ser devidamente investigado pelas autoridades competentes.
Desta forma, como medida republicana e democrática, os gestores públicos devem ser investigados e se constatarem responsabilidade devem ser enquadrados no correspondente crime ambiental, caso nenhum tipo de medida seja tomada em caráter emergencial.
Por fim, a situação crĂtica e alarmante que vem assolando a AmazĂ´nia necessita de uma posição governamental urgente, nĂŁo podendo se permitir queimadas e devastações, observando o meio ambiente ser direito humano de terceira dimensĂŁo. O MinistĂ©rio PĂşblico e PolĂcia Federal, devem ter total liberdade para investigar, a fim de punir eventuais culpados.
Autor
Armando Luiz Rovai Ă© Professor de Direito Ambiental da Universidade Presbiteriana Mackenzie.