Juiz da Paraíba cria robô de autoatendimento para acelerar demandas processuais

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WhatsApp - Fotos íntimas
Créditos: Wachiwit / iStock

Interessado em tecnologia e informatização, o juiz Pedro Davi Vasconcelos 1ª Vara da Comarca de Piancó-PB, município localizado a 340 quilômetros de João Pessoa, para agilizar a produtividade no tribunal, se debruçou a aprender como desenvolver um modelo de chatbot, um robô de autoatendimento virtual.

Após alguns meses de estudo por conta própria e dois meses para o desenvolvimento do sistema que funciona integrado ao whatsapp, no início de setembro a aplicação começou a realizar atendimentos.

Segundo o “Portal Jota.Info”, o funcionamento é simples: o interessado em acessar alguma informação relacionada à vara envia uma mensagem para um número no WhatsApp, que responderá com um menu com todas as informações que podem ser colhidas por aquele canal de atendimento.

“Hoje, está tudo programado no aplicativo. Antes era preciso pegar o telefone do servidor e entrar em contato individualmente. A demanda então ficava a critério de quem a recebia. Agora não. O procedimento é objetivo com todas as informações reunidas em um canal só”, disse o magistrado em entrevista ao Jota.

Tanto advogados quanto cidadãos podem utilizar a ferramenta. Desde setembro, segundo estatísticas que ficam armazenadas no próprio programa, já foram concluídas 46 solicitações.

Dentre as solicitações que podem ser feitas por meio do robô estão marcar um atendimento diretamente com o juiz, solicitar a realização de despachos, marcar audiência, pagar custos processuais, negociar dívidas, entre outros. A partir do canal de autoatendimento, o solicitante é direcionado para um formulário do Google, que por sua vez é remetido para o e-mail da vara e, de lá, é distribuído para os servidores analisarem.

O autoatendimento desenvolvido em Piancó já ganhou projeção no Tribunal de Justiça da Paraíba, que está avaliando a possibilidade de replicar o chatbot em outras varas do estado.

Agora, Vasconcelos está escrevendo um ebook de treinamento para reproduzir o modelo desenvolvido por ele. “Para usar o programa, o próprio juiz das outras varas precisa identificar quais são as principais demandas locais. Porque é preciso adaptar o modelo para atender a outras realidades”, diz o magistrado.

Com informações de Jota.Info

 

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Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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