Justiça nega pedido de papelaria para retorno de atividades durante lockdown

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Créditos: Alex Staroseltsev / Shutterstock.com

Foi indeferido pela juíza da 6ª Vara da Fazenda Pública do DF o pedido de tutela provisória de urgência da Kalunga Comércio e Indústria Gráfica para retomar suas atividades comerciais durante a vigência do Decreto Distrital 41.849/2021 que determinou lockdown, em função da pandemia de covid-19.

A autora afirmou ser a maior empresa brasileira na distribuição de suprimentos para escritório, informática e material escolar, e disse que também é proprietária de uma rede de lojas que comercializam alimentos, bebidas, material de limpeza e higiene. Alegou que emprega mais de 4,6 mil pessoas e que, com a suspensão determinada pelo lockdown, há risco iminente de dano para suas atividades.

A magistrada que julgou o caso destacou que, pelo próprio cadastro nacional de pessoa jurídica da empresa, percebe-se que a venda de alimentos, bebidas, material de limpeza e higiene são atividades secundárias do estabelecimento e atingem apenas o público que tem interesse em seus principais produtos, que são artigos de escritório e papelaria.

A juíza também ressaltou que o Decreto nº 41.849/2021 contém expressa previsão no sentido de vedar a prática da atividade comercial de qualquer natureza (artigo 2º, inciso IX) e a exclusão de que trata o artigo 3º da normativa não abrange a atividade da parte autora em sua essência.

Ao indeferir o pedido da empresa, a julgadora evidenciou que o não cumprimento da referida legislação pode gerar grande impacto negativo nas estratégias de contenção da Covid-19 que, “como se sabe, possui grau de letalidade elevado e está em pico de transmissão não só nesta Capital Federal, mas, lamentavelmente, em todo o País”.

Com informações do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.

 

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Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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