COB deve cobrar CBF na Justiça por pódio sem agasalho de patrocinador

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O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) afirmou que tomará as medidas judiciais cabíveis contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), após a seleção brasileira de futebol se negar a vestir o agasalho do uniforme oficial do time Brasil, tendo amarrado na cintura. O uso do uniforme completo nas cerimônias de premiação era uma obrigação contratual do COB com a patrocinadora, a empresa chinesa Peak Sports, que forneceu os uniformes para o Time Brasil.

Nos Jogos Olímpicos, cada país tem um uniforme de pódio aprovado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que vale para as equipes de todas as modalidades. O COB vai premiar os medalhistas em Tóquio, no total são R$ 4,650 milhões a ser dividido para todos os medalhistas. Os valores variam entre R$ 100 mil a R$ 750 mil por medalha conquistada.

Segundo Jorge Bichara, diretor de Esportes do COB, mesmo reconhecendo e valorizando a performance da seleção na competição é lamentável a atitude dos atletas no pódio, e da CBF na condução do caso. "Ele sai da esfera esportiva e entra na esfera jurídica e será decidido pela área jurídica do COB", declarou.

Segundo o presidente do COB, Paulo Wanderley, mesmo assim, os atletas do futebol receberão a premiação prometida pela entidade em caso de medalha.

O COB divulgou um comunicado sobre o assunto e repudiou o ato da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e dos jogadores:

“O Comitê Olímpico do Brasil repudia a atitude da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e dos jogadores da seleção de futebol durante a cerimônia de premiação do torneio masculino.

No momento, as energias do Comitê estão totalmente voltadas para a manutenção dos trabalhos que resultaram na melhor participação brasileira na História das Olimpíadas.

Por este motivo, apenas após o encerramento dos Jogos o COB tornará públicas as medidas que serão tomadas para preservar os direitos do Movimento Olímpico, dos demais atletas e dos nossos patrocinadores".

Os atletas foram questionados sobre a atitude e alegaram que foi uma ordem da CBF. A entidade disse não ter sido noticiada sobre a exigência do uniforme.

Com informações do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.


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Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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