O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou a prisão cautelar do empresário americano Carlos Nataniel Wanzeler, proprietário da Telexfree, decretada no âmbito de extradição (EXT 1630) autorizada pela 2ª Turma. O ministro, no entanto, estabeleceu medidas cautelares diversas da prisão para evitar eventual fuga.
Segundo Lewandowski, depois de o STF autorizar a entrega do empresário aos EUA, o presidente da República, Jair Bolsonaro, decidiu que esse ato deve aguardar a conclusão dos processos criminais em trâmite no Brasil contra o empresário ou o cumprimento das respectivas penas. Por esse motivo, seria desproporcional mantê-lo preso preventivamente em regime fechado por um período incerto.
Wanzeler está proibido de sair do Brasil, por isso, antes de ser solto, deve entregar os passaportes brasileiro e norte-americano à Polícia Federal e observar recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga. Além disso, ele deve utilizar tornozeleira eletrônica e está proibido de se ausentar da Comarca de Vitória (ES) sem autorização de Lewandowski.
O empresário, que era brasileiro (e perdeu a nacionalidade), responde a ações penais nos Estados Unidos pela suposta prática dos crimes de conspiração, fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. Segundo o governo norte-americano, a Telexfree operou como uma pirâmide ilegal, num esquema Ponzi (que envolve a promessa de pagamento de rendimentos anormalmente altos à custa do dinheiro pago pelos investidores que chegarem posteriormente, em vez da receita gerada por qualquer negócio real), e causou prejuízo de mais de US$ 3 bilhões a mais de um milhão de pessoas em todo o mundo. Wanzeler também responde, no Brasil, por supostas irregularidades na Telexfree.
Com informações do Supremo Tribunal Federal.
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