Bitcoin como proteção contra a inflação – funciona no Brasil?

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Créditos: rc.xyz NFT gallery / Unsplash

A criação das criptomoedas certamente foi uma revolução no mundo, seja quando falamos financeira ou tecnologicamente. A mais famosa e pioneira delas, o Bitcoin, se mantém forte até hoje, inclusive sendo aceita cada vez mais em diversos meios, até mesmo em sites de apostas esportivas e cassinos online, como o 777 BET bitcoin cassino.

A pergunta que fica é: será mesmo o Bitcoin uma proteção contra a inflação, especialmente no Brasil?

O que é inflação?

O termo “inflação” é utilizado no meio financeiro para denotar um aumento geral dos preços de serviços e produtos. Ou seja, trata-se de um verdadeiro aumento do custo de vida, o que pode por consequência, diminuir o poder de compra de qualquer pessoa. Cada país possui seu próprio índice de inflação e o ideal é que ele permaneça baixo ao longo dos anos ou que se procure formas de se diminuir seu percentual.

Para se ter uma ideia de como a inflação em si age, se fomos ao supermercado hoje, não encontraremos, por exemplo, os mesmos produtos com preços iguais de 10, 15 ou 20 anos atrás. Dessa forma, é por isso que o próprio salário-mínimo aumenta anualmente, no entanto, nem sempre ele acompanha a porcentagem da inflação.

Ou seja, se o salário-mínimo aumentar apenas 1,5% ao ano, mas a inflação aumentar em 3%, uma pessoa que receba um salário mínimo está perdendo poder de compra. Ela já não consegue comprar o mesmo que comprava antes.

Causas comuns da inflação

As causas da inflação podem ser várias, às vezes, até um conjunto delas em graus variados. Ainda assim, nós conseguimos separá-las em alguns grupos característicos.

  • Aumento da demanda. Um dos motivos mais comuns para que tenhamos o aumento da inflação é justamente um aumento da demanda. Ou seja, quando temos pouca quantidade de um bem que muitos indivíduos desejam, o preço desse bem normalmente sobe, para que assim a oferta se equilibre com a procura.
  • Aumento do custo de produção. Acontece de uma forma no aumento ou por pressão nas produções. Ou seja, se for implementado um aumento na energia elétrica, toda a indústria que precisa desse recurso para sua produção, eventualmente terá que repassar esses custos adicionais para seus clientes.
  • Inércia inflacionária e expectativa de inflação. Isso acontece quando o mercado, já afetado por uma inflação, espera um evento ainda pior ou se adapta a um evento anterior. Por exemplo, o reajuste de salários e aluguéis pode ocorrer em relação a um evento anterior.
  • Aumento na emissão da moeda. O governo em si pode ter um impacto direto no aumento da inflação. Isso porque, em casos em que os gastos são extraordinários, imprimir mais dinheiro aumentará o processo inflacionário. Isso acontece porque a própria moeda acaba perdendo seu valor no mercado.

O Bitcoin no mundo

Quando falamos em parâmetros globais, não podemos negar que o Bitcoin falhou em combater a inflação de maneira geral em 2022. No entanto, é preciso ter uma visão mais abrangente sobre a criptomoeda e que ela é sim uma boa proteção contra a inflação de modo geral, sendo essencial quando o fenômeno é causado pela expansão monetária, por exemplo.

Por outro lado, o método não é tão eficaz quando a inflação é causada por uma interrupção de alimentos e energia. Ou seja, embora seja eficiente, tudo dependerá de um contexto e das possíveis causas da inflação, por assim dizer.

Ainda é cedo

Pouco mais de um ano atrás, muitos especialistas demonstraram que ainda é cedo para afirmar se o Bitcoin é ou não efetivo no combate da inflação. Em termos gerais, na realidade, a criptomoeda se mostrou sim eficaz em resistir à inflação quando comparada às moedas tradicionais. No entanto, como pudemos perceber mais acima, ela não é verdadeiramente eficaz em 100% das situações, na verdade.

Ainda assim, podemos perceber que o Bitcoin apresenta maiores recursos para resistir aos processos inflacionários do que moedas mais tradicionais. É, inclusive, imune a certos efeitos que a inflação pode causar, ou pelo menos, mais resistente.

Em relação ao fato de que, imprimir mais dinheiro pode aumentar o valor da inflação, isso é impossível de acontecer com o Bitcoin.

  1. O Bitcoin é uma moeda unicamente digital, por isso não há como “imprimi-la”. Ela funciona através de um blockchain.
  2. O Bitcoin é limitado desde sua criação ainda em 2009. Ou seja, não é possível que novos Bitcoin sejam “feitos”. Embora outras criptomoedas possam existir, cada uma delas opera de maneira independente.

O Bitcoin no Brasil: ajuda contra a inflação?

De certa forma, quando falamos sobre o Brasil em si, o Bitcoin tem o potencial de oferecer alguma proteção contra a inflação sim. Inclusive, em breve pode se tornar uma aplicação de investimento ativo relativamente seguro, embora opere como um mercado de renda variável atualmente.

No entanto, quando pesquisamos mais sobre o Bitcoin, percebemos que atualmente muitas das empresas que hoje incluíram quantias de Bitcoin como parte de seu patrimônio, não são nacionais. O assunto é muito discutido no exterior e pouco abordado no Brasil.

De qualquer forma, o Bitcoin tem seus méritos em blindar as finanças de qualquer um contra a inflação, embora não seja um método 100% garantido. Ainda assim, quando visto como um investimento em si, é importante se lembrar da necessidade de diversificar.

Conclusão: Bitcoin e o Brasil

Para quem ainda tem dúvidas, é importante se lembrar que tudo é um processo gradual e as criptomoedas têm ganhado força no Brasil também. Isso se dá principalmente através de investimentos comerciais exteriores, que acabam trazendo a modalidade para dentro do país.

Em linhas gerais, a criptomoeda funciona como em qualquer lugar do mundo e tudo irá depender do contexto em que ela é analisada. Em muitos aspectos, como pudemos ver, o Bitcoin é sim blindado contra a inflação. Não podemos a considerar, no entanto, como algo totalmente 100% eficaz.

Por fim, as coisas podem sempre mudar e evoluir, por isso é importante ficar atento. Como forma de investimento, o importante é diversificar sua carteira.

Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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