Seguradora deve indenizar mulher por morte de cônjuge portador de doença preexistente

Data:

Seguradora deve indenizar mulher por morte de cônjuge portador de doença preexistente | Juristas
Créditos: Gediminas Savickis / Shutterstock.com

O 5º Juizado Especial Cível de Brasília emitiu uma sentença condenando a American Life Companhia de Seguros a pagar uma indenização securitária à esposa em decorrência do falecimento do cônjuge. A sentença determinou o valor de R$ 20 mil, a ser corrigido monetariamente a partir da data do óbito.

Conforme relatado nos autos, um homem havia contratado um seguro de vida com a empresa ré. No entanto, o contratante era portador de uma doença cardíaca preexistente e omitiu essa informação no momento da celebração do contrato. Anos mais tarde, o homem veio a falecer e a seguradora recusou-se a cumprir sua obrigação contratual.

A empresa alegou que a esposa não tinha direito a receber o valor da indenização devido à omissão do cônjuge sobre sua condição cardíaca. No entanto, não foi solicitado ao homem, por parte da seguradora, a realização de qualquer exame antes da contratação do seguro.

Na decisão, o Juiz considerou que, embora a conduta do contratante possa caracterizar má-fé, esse fato deixa de ser relevante se o segurado levar uma vida regular por anos após a celebração do contrato e aparentar estar em bom estado de saúde, conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Portanto, "se o conjunto de provas corrobora a alegação da requerente de que ela tem direito a receber a indenização do seguro de vida de seu companheiro, a procedência do pedido de pagamento do valor de R$ 20.000,00, como indenização securitária, é medida necessária", concluiu o magistrado.

Cabe recurso contra a decisão.

Acesse o PJe1 e confira o processo: 0752546-05.2022.8.07.0016

(Com informações do TJDF - Tribunal do Distrito Federal)

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Empresa condenada por uso indevido de marca registrada

A 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que uma empresa cessasse a venda de roupas que utilizavam indevidamente uma marca registrada por outra empresa do mesmo segmento.

Modelo de contrato de prestação de serviços de Personal Trainer para Triatetlas

O presente contrato tem por objeto a prestação de serviços de personal trainer especializado em treinamento para triatletas, com o objetivo de melhorar o desempenho do Contratante nas modalidades de natação, ciclismo e corrida.

Empresa de fotos e vídeos condenada por falha em filmagem de casamento

A 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou a decisão da Comarca de Lavras que responsabilizou uma empresa de fotografia e vídeo a pagar R$ 10 mil por danos morais e R$ 1,4 mil por danos materiais a uma noiva, devido a falhas na filmagem de seu casamento.

Homem trans será indenizado por não ter nome social reconhecido em registro bancário

A 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) alterou uma decisão inicial e determinou que um banco indenize um homem trans em R$ 10 mil por danos morais devido ao não reconhecimento do seu nome social nos registros bancários.