Em fevereiro de 2024, uma britânica ficou conhecida na Internet por ter realizado uma festança no valor de R$ 1,3 milhão para comemorar o seu divórcio. A festa custou cerca de 250 mil euros e foi com o dinheiro da primeira pensão alimentícia recebida por ela.
Segundo especialistas, esse tipo de comemoração tem ganhado força devido aos novos olhares acerca do divórcio, que tem sido visto contrário à ideia de fracasso, uma vez que é enxergada a perspectiva da qualidade do relacionamento.
No Brasil, um casal do Ceará ganhou notoriedade ao publicar um vídeo comemorando o divórcio em Fortaleza. Por parte da mulher, a comemoração foi complementada em um bar, com direito a convite e bolo personalizado.
Para profissionais da área da psicologia, a celebração é um reflexo de enxergar a separação como algo que leva em consideração o bem-estar e a saúde, afastando a ideia de fracasso.
Desse modo, já está aberto um novo caminho de que não é preciso ficar numa relação ruim, abusiva, eternamente. Essa liberdade, esse individualismo cultural traz isso para todos os tipos de relações, de que não não há uma obrigatoriedade para ficar para sempre ligado a uma determinada pessoa.
O Brasil registrou 386,8 mil divórcios em 2021, número 16,8% maior em relação ao ano anterior. É o que revela um levantamento recentemente divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Naquele ano, foram 932.502 matrimônios e 386.813 separações, ou seja, 1 divórcio para cada 3 casamentos. A taxa de nupcialidade – número de uniões a cada mil habitantes em idade de casar, 15 anos ou mais – saiu de 12,2, em 1980, para 5,5 no ano mais recente do levantamento.
Já a taxa geral de divórcios – número de descasamentos a cada mil habitantes com 20 anos ou mais – foi de 2,49 em 2021, enquanto, nos anos 80, estava abaixo de 0,5. Em média, o matrimônio durou 13,6 anos nos casos de divórcio.
Ainda conforme a entidade, a proporção de separações é maior entre os casais com filhos menores de idade – 48,5% dos divórcios. O crescimento equivale a 5,5 pontos percentuais em relação a 2010.
O IBGE também registrou um aumento significativo do percentual de guarda compartilhada em divórcios judiciais entre casais com filhos menores de idade. Enquanto em 2014, a guarda compartilhada era opção de apenas 7,5% dos casais divorciados, em 2021 o número subiu para 34,5%.
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