Ainda assim, ainda faltaram R$ 4,4 bilhões, graças aos mais altos custos de operação das termelétricas
Foi pago um valor de R$ 6,14 bilhões a mais nas contas de luz no ano de 2017, devido às chamadas cobranças tarifárias, de acordo com um levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Mesmo com o pagamento desse valor, a arrecadação não foi suficiente para pagar o maior custo para produção de energia no ano passado, que se deu devido à falta de chuvas, que diminuiu o armazenamento dos reservatórios das hidrelétricas.
Com isso, foi necessário acionar mais termelétricas do que o país estava acostumado, usinas essas que possuem um custo de operação mais elevado do que as hidrelétricas.
O valor faltante para cobrir os gastos extras ficou em R$ 4,4 bilhões, que terá de ser pago pelos consumidores em 2018. A arrecadação do ano passado foi praticamente o dobro da cobrança tarifária de 2016, que ficou em R$ 3,3 bilhões.
No primeiro ano de instauração dessa cobrança, que foi 2015, a arrecadação foi de R$ 14,726 bilhões.
Criação do sistema de bandeiras tarifárias
Essas bandeiras foram criadas para que os consumidores se dessem conta do custo da produção de energia elétrica no país. O objetivo era de que eles se conscientizassem e adotassem medidas de economia, de modo a evitar um maior consumo nesse momento de alta dos preços.
Em 2017, choveu bem menos do que esperavam as autoridades do setor elétrico. Então, para atender à demanda de energia elétrica, o governo recorreu às termelétricas. Assim, o custo extra de geração de energia disparou.
Primeiramente, esse valor de R$ 4,4 bilhões foi pago pelas distribuidoras de energia, mas os consumidores terão que ressarci-lo. Essa cobrança será feita pela alteração das tarifas de energia, com a cobrança de juros, devido ao prazo que há entre a apuração da dívida e o pagamento às distribuidoras.
Em 2017, a bandeira vermelha foi acionada em 4 meses no patamar 1 (R$ 3) e 2 meses no patamar 2 (R$ 5), além de 3 meses na bandeira amarela (R$ 2) e 3 meses na bandeira verde (sem cobranças adicionais). As cobranças sempre eram feitas a cada 100 kWh consumidos.
Fonte oficial: G1