OAB/AC regulamenta uso de InteligĂȘncia Artificial na advocacia no estado

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Na Ășltima terça-feira (18), o Conselho Pleno da Seccional Acre da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AC) aprovou a regulamentação do uso de ferramentas de InteligĂȘncia Artificial (IA) na prĂĄtica jurĂ­dica da advocacia acreana. A medida, aprovada durante a Ășltima sessĂŁo extraordinĂĄria do ano de 2023, representa uma significativa inovação no desenvolvimento jurĂ­dico na regiĂŁo, utilizando ferramentas digitais para aprimorar a prĂĄtica profissional.

A sessão, realizada de forma híbrida, contou com a participação dos conselheiros e conselheiras, que aprovaram a iniciativa apresentada. O presidente da OAB Acre, Rodrigo Aiache, destacou que a regulamentação visa orientar a advocacia quanto à responsabilidade do uso da IA e seus limites.

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Conforme Aiache, o foco reside nĂŁo na normatização do desenvolvimento de sistemas de InteligĂȘncia Artificial, mas na regulamentação de sua utilização pela advocacia, visando guiar a prĂĄtica profissional conforme os princĂ­pios Ă©ticos, a boa prĂĄtica jurĂ­dica e a legislação vigente. Destina-se a assegurar que o uso da InteligĂȘncia Artificial na advocacia seja conduzido de maneira que respeite os direitos dos jurisdicionados, promova a justiça e contribua para a eficiĂȘncia e eficĂĄcia da prestação de serviços jurĂ­dicos.

A minuta apresentada e aprovada pelo Conselho Seccional aborda as responsabilidades Ă©ticas relacionadas ao uso da IA na prĂĄtica jurĂ­dica, destacando a necessidade de verificar a precisĂŁo das ferramentas de IA durante o exercĂ­cio profissional. O documento enfatiza a importĂąncia da cautela e da supervisĂŁo humana, em conformidade com o CĂłdigo de Ética e Disciplina da OAB, conforme previsto na Resolução n° 2/2015.

A iniciativa para a regulamentação do uso da InteligĂȘncia Artificial partiu do advogado Leonardo Bandeira e do professor Leonardo Vasconcelos.

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Créditos: Jirsak | iStock

“Esta regulamentação Ă© um passo crucial para orientar o uso de ferramentas de IA de forma Ă©tica e responsĂĄvel, estabelecendo parĂąmetros claros para sua utilização na prĂĄtica jurĂ­dica. A iniciativa nĂŁo sĂł reflete nosso compromisso com a modernização, mas tambĂ©m com a manutenção de elevados padrĂ”es Ă©ticos. Sou profundamente grato Ă  Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Acre (OAB/AC) pelo seu papel vital e pela diligĂȘncia demonstrada durante todo o processo de elaboração e aprovação deste regulamente”, destacou Bandeira.

O professor Leonardo Vasconcelos destacou que o principal objetivo da regulamentação é estipular limites e proporcionar mais segurança à advocacia acreana ao utilizar essas ferramentas.

“A aprovação dessa norma para a advocacia acreana Ă© de grande avanço, de grande importĂąncia, uma vez que a OAB Acre Ă© a seccional mais antiga do paĂ­s e ao mesmo tempo demonstra que nĂŁo parou no tempo, que Ă© a primeira seccional a se atualizar e se renovar perante a inteligĂȘncia artificial no mundo jurĂ­dico, em especial para a advocacia. Agora nĂłs temos uma norma permissiva, mas reguladora, que ao mesmo tempo define parĂąmetros Ă©ticos, normativos, principiolĂłgicos e conceituais para que o advogado possa utilizar a inteligĂȘncia artificial nas suas atividades, meio e fim, de uma maneira mais segura”, completou Vasconcelos.

Com informaçÔes da Seccional Acre da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AC). 


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Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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