O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) determinou, na segunda-feira (14), a prisão preventiva de Jonathan Messias Santos da Silva, torcedor do Flamengo, que estava sob custódia temporária como suspeito da morte de Gabriella Anelli, palmeirense. Segundo o UOL, ele agora se tornou réu no caso.
Jonathan foi inicialmente detido em 25 de julho e teve um pedido de liberdade negado no início de agosto. Sua prisão ocorreu no 8º Distrito Policial, no Brás. O TJSP confirmou a imposição da prisão preventiva após denúncia apresentada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Não há possibilidade de recurso quanto à aceitação da denúncia, e o processo seguirá conforme as solicitações apresentadas nos autos.
A defesa de Jonathan entrou com um habeas corpus no TJSP na semana passada, aguardando a avaliação do pedido. Durante o interrogatório conduzido pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa da Polícia Civil de São Paulo, o torcedor do Flamengo optou pelo direito ao silêncio. O advogado José Victor Moraes ressaltou que apresentará uma resposta à acusação e uma perícia particular, criticando o laudo da investigação e mencionando uma “prova pericial muito fraca”. Moraes enfatizou que seu cliente alega inocência e que isso será comprovado durante a instrução criminal.
Relembre o caso
A Polícia Civil de São Paulo afirmou que o Jonathan apareceu em vídeos arremessando uma garrafa de vidro durante uma confusão entre torcedores de Flamengo e Palmeiras. O episódio ocorreu antes do início da partida entre as duas equipes, disputada em 8 de julho.
As câmeras de segurança e o sistema de biometria facial do Allianz Parque foram importantes para a prisão do suspeito. Ivalda Aleixo, chefe do DHPP, disse que “foi possível identificar a pessoa, que era um homem com barba” após ele ter entrado no estádio.
A confusão que vitimou Gabriella Anelli se deu na rua Padre Antônio Tomás, na divisão da torcida visitante, no entorno do Allianz Parque. Ela foi encaminhada ao Pronto Socorro da Santa Casa após ser atingida por estilhaços de vidro e passou por cirurgia, mas teve duas paradas cardíacas e morreu no dia 10.
Leonardo Felipe Xavier Santiago chegou a ser preso dias depois do ocorrido, mas foi liberado após pedido do Ministério Público. O caso, que estava com o Drade (Delegacia de Polícia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva) foi transferido para o DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa).
Com informações do UOL.
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