O egípcio Mohamed Ahmed Elsayed Ahmed Ibrahim, acusado de ligação com terroristas da Al Qaeda e procurado pelo FBI, é alvo de procedimento investigatório sigiloso do MPF-SP. O procedimento faz parte de uma cooperação internacional com os Estados Unidos.
O caso foi aberto antes de o FBI divulgar a foto do egípcio em lista de procurados da polícia americana sob suspeita de terrorismo. Ele, sua mulher brasileira e sua sogra prestaram esclarecimentos a agentes do FBI, acompanhados de procuradores do MPF. Ele negou as acusações em entrevista recente, alegando ser vítima de perseguição política no Egito. Ele também disse ser um apoiador do movimento político do ex-presidente Mohamed Mursi, deposto do poder pelos militares em 2013.
E afirmou à imprensa: “Não sou terrorista. Eu resolvi refazer a minha vida e já estou no Brasil há dois anos casado e trabalhando. Tenho muito medo de ser extraditado porque os dissidentes do governo do meu país são torturados e mortos”. Pessoas próximas a ele dizem que o egípcio já está sendo monitorado pela PF há 6 meses, quando foi abordado numa Mesquita de Guarulhos.
Fontes ligadas às investigações dizem que o governo brasileiro aguarda elementos do FBI para decidir sobre a situação de Ibrahim. Já a instituição norte-americana suspeita que ele Ibrahim abriu uma empresa de turismo na Turquia, para onde fugiu inicialmente. Ele transportava turistas para Capadócia e Istambul, mas também levava suspeitos para Síria, Afeganistão e outros países onde células terroristas operam.
Os agentes americanos disseram que encontraram movimentações suspeitas nas contas bancárias de Ibrahim, mas sua defesa diz que a família do egípcio tinha uma situação financeira confortável no Egito antes de os militares tomarem o poder.
(Com informações do IG)