Um passageiro repudiou a postura do STF ao se dirigir ao ministro Ricardo Lewandowski em um voo de São Paulo a Brasília.
Cristiano Caiado de Acioli, advogado disse que “o Supremo é uma vergonha” e que tem “vergonha de ser brasileiro quando vejo vocês”.
O magistrado rebateu o advogado e perguntou se ele queria ser preso. Após questionar Lewandowski sobre sua liberdade de expressão, ministro pediu ao comissário de bordo que acionasse a Polícia Federal. Cristiano retrucou: “Eu não posso me expressar? Chama a Polícia Federal, então”.
Foi quando o ministro se direcionou novamente ao comissário de bordo: “Chama a Polícia Federal. Você vai explicar para a Polícia Federal”. Agentes da Polícia Federal foram até a aeronave e questionaram se o advogado procuraria um novo tumulto. Cristiano retrucou, dizendo que estava exercendo seu direito de livre manifestação.
De acordo com Caiado, o agente da polícia disse que o local não era adequado para protestos. Cristiano se comprometeu a manter a tranquilidade durante o voo. Porém, ao chegar em Brasília, o advogado fez um ato de repúdio ao ministro, pedindo uma salva de palmas a quem concordasse com ele.
Na saída, Acioli foi acompanhado por um técnico judiciário do STF para retirar sua bagagem e foi conduzido para a Superintendência da Polícia Federal. Ele foi liberado no fim da tarde e não houve imputação de crime.
A assessoria de Lewandowski informou em nota que “ao presenciar um ato de injúria ao Supremo Tribunal Federal, o Ministro Ricardo Lewandowski sentiu-se no dever funcional de proteger a instituição a que pertence, acionando a autoridade policial para que apurasse eventual prática de ato ilícito, nos termos da lei.” (Com informações do Jota.Info.)