Com a resolução de mais de 16 mil conflitos durante a pandemia a Mediato Consultoria, empresa criada pelas advogadas Ana Cristina Freire e Luciana Loureiro, conquistou a primeira colocação no 12º Prêmio Conciliar é Legal, na categoria Mediação e Conciliação Extrajudicial. A premiação é concedida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A empresa adota a tecnologia da Câmara Privada de Mediação e Conciliação, homologada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), e funciona permitindo uma busca centralizada das reclamações. Tendo conquistado o primeiro lugar em relação à efetividade nas soluções extrajudiciais em reclamações formalizadas perante o Procon.
Segundo cálculos da empresa, de três a cinco mil conflitos são solucionados mensalmente, com ajuda de mediadores capacitados, em todos os estados. “Nesses dois anos conseguimos, por meio da mediação, fazer as partes conversarem e chegarem a acordos viáveis. Isto é, conseguimos permitir o acesso à Justiça dentro da reserva do possível e, de maneira individualizada, adequando os interesses e chegando ao melhor termo para todos”, contou Ana Cristina Freire ao CNJ.
A advogada explica que essa entrega é diferente para cada pessoa, já que é levada em conta a vontade de cada parte. Há consumidores que querem reincidir contratos. Outros desejam renegociar suas dívidas. “Estamos aqui para ajudar o cidadão a tomar a frente da solução de seu problema”, explica. Ao término da negociação, a Mediato formula um comprovante de cumprimento do acordo entre as duas partes. Resolver um conflito judicial por meio de acordo pode ser a forma mais rápida de colocar um ponto-final no litígio, deixando para o Judiciário conflitos mais complicados que necessitem, de fato, da intermediação do Estado para sua conclusão.
Uma das negociações mais representativas durante a pandemia, conta Ana Cristina, foi entre uma empresa e uma pessoa cega. O homem devia um montante e queria acomodar seu interesse com o da empresa credora, mas não conseguia resolver sua situação pelos meios tradicionais. Por meio do sistema, uma mediadora entrou em contato com o credor, que foi atendido em braile e conseguiu entrar em acordo e também evitar que os juros engrossassem o débito.
“Podemos dizer que é um método inclusivo e que atende de maneira sustentável e criativa vulneráveis, hiper vulneráveis e hipossuficientes”, afirma. O trabalho da Mediato também pode ser considerado inclusivo por um outro ângulo: 98% dos mediadores contratados pela empresa são mulheres, muitas do interior do país. A empresa também quer contribuir para mudar a cultura do litígio e da beligerância para a cultura da pacificação e da autocomposição; para tanto, está a formatar parcerias com universidades e escolas de direito com intenção de difundir os métodos extrajudiciais efetivos de resolução de conflitos para os futuros agentes de Justiça do país.
Segundo o CNJ, a mediação é uma conversa ou negociação intermediada por alguém imparcial, neutro, que favorece e organiza a comunicação entre os envolvidos no conflito. De acordo com o Código de Processo Civil (CPC), o mediador auxiliará os interessados na compreensão das questões e dos interesses em conflito, de modo que possam, por si próprios, identificar soluções consensuais que gerem benefícios mútuos.
Com informações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
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