Arteris será concessionária da Rodovia dos Calçados em São Paulo

Data:

Arteris será concessionária da Rodovia dos Calçados em São Paulo
Créditos: Nejron Photo / Shutterstock.com

Com ágio de 438,17%, o grupo Arteris foi vencedor do leilão de concessão das estradas paulistas conhecidas como Rodovia dos Calçados, localizada entre as cidades  Itaporanga e Franca, no interior do estado. O leilão, realizado em 25/3, na antiga BM&F Bovespa, contou com a participação do governador de São Paulo Geraldo Alckmin.

A concessão prevê investimentos de R$ 5 bilhões. O critério de seleção foi a maior oferta para a primeira parcela de outorga. Para a primeira parcela, a Arteris ofereceu mais de R$1,213 bilhão.

A Rodovia dos Calçados abrange trechos de dez rodovias: SP-255, SP-249, SP-257, SP-281, SP-304, SP-318, SP-328, SP-330, SP-334 e SP-345. A malha, segundo a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), atravessa 35 municípios das regiões de Bauru, Franca, Itapeva, Ribeirão Preto, Sorocaba e Central. A estrada tem 720 quilômetros e cruza praticamente todo o estado paulista, da região da divisa do Paraná até a de Minas Gerais, no sentido Sudeste-Nordeste.

O projeto contempla R$ 5 bilhões em investimentos ao longo dos 30 anos de concessão, sendo R$ 2,1 bilhões a serem efetivados já nos primeiros oito anos. Do total, R$ 1 bilhão é destinado às obras principais de ampliação da malha rodoviária, sendo R$ 2,4 bilhões referentes à restauração e conservação, além de implantação de equipamentos e sistemas, bem como outras melhorias nas pistas.

O governador de São Paulo comemorou o resultado. “No primeiro leilão, houve um ágio de 131% na Rodovia do Centro Oeste. E agora, na Rodovia dos Calçados, de 438% de ágio. Isso prova o investimento, a confiança em São Paulo e no Brasil”, disse, em entrevista após bater o martelo com a empresa vencedora, na Bolsa de Valores. Segundo o governador, as concessões das rodovias, junto com as concessões de cinco aeroportos no estado, vão gerar R$ 17 bilhões de investimentos para o estado. Outros R$ 17 bilhões serão investidos em e áreas como Metrô, Monotrilho, Trem Intercidades e parques estaduais até o final do ano, afirmou Alckmin.

Para o secretário de Governo, Saulo de Castro, o ágio obtido com o leilão foi resultado de bons estudos e competição. “Um novo player apareceu no Brasil, que são os fundos de investimento, que nunca tinham participado de leilão de rodovias”, ressaltou.

Segundo Castro, os recursos obtidos com o leilão irão para a construção do Rodoanel Norte. “Temos hoje R$ 17 bilhões em investimentos novos, em andamento, entre licitações e editais. Estamos estudando mais R$ 17 bilhões. Teremos, até o final do ano, mais de R$ 30 bilhões. Esse dinheiro vai para terminar obras no Metrô e no Monotrilho e, com isso, mais empregos e infraestrutura vão sendo gerados, sem precisar colocar recursos do Tesouro, que irão para Educação e Saúde”, afirmou.

Rodovias do Centro Oeste

A licitação é a quarta etapa do Programa de Concessões Rodoviárias do governo paulista. O primeiro lote, que compreendia as Rodovias do Centro Oeste Paulista, foi licitado em março, com o fundo de investimentos Pátria Infraestrutura III como vencedor. O fundo vai operar, por meio de concessão, 570 quilômetros de rodovias paulistas. O Pátria Infraestrutura apresentou a maior oferta para a licitação: R$ 917,2 milhões, o que configurou ágio de 130,89% sobre lance mínimo de R$ 397 milhões relativo à primeira parcela da outorga da concessão.

 

Fonte: Agência Brasil

Juristas
Juristashttp://juristas.com.br
O Portal Juristas nasceu com o objetivo de integrar uma comunidade jurídica onde os internautas possam compartilhar suas informações, ideias e delegar cada vez mais seu aprendizado em nosso Portal.

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Paraíba ganhará este ano Câmara de Mediação e Arbitragem

A Paraíba está prestes a dar uma valorosa contribuição...

Construção irregular em área de preservação permanente deve ser demolida e vegetação recuperada

Construções em áreas de preservação permanente (APP) que envolvam a remoção de vegetação só podem ser autorizadas em casos excepcionais, como em situações de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental. Em casos de degradação, é necessário que a área seja restaurada ao máximo, inclusive com a demolição de edificações existentes e recuperação da vegetação nativa.