A Latam pediu à Justiça dos EUA a prorrogação do prazo de exclusividade da companhia aérea para apresentar seu plano de recuperação judicial, de 15 de setembro, para 15 de outubro. Se for atendida, o plano deverá ser aprovado até 15 de dezembro deste ano e a saída do grupo de seu processo de reestruturação provavelmente só se daria em 2022.
O grupo Latam não conseguiu finalizar negociações com investidores para apresentar um plano de recuperação judicial que minimize as chances de uma aquisição hostil pela Azul. Está é a segunda vez que a Latam pede mais prazo à Justiça americana em meio às propaladas intenções da concorrente de apresentar um plano alternativo que preveja a venda da Latam Brasil.
A companhia de origem chilena está em um processo de reestruturação nos EUA similar à recuperação judicial brasileira desde maio de 2020. À época, tinha dívidas de aproximadamente US$ 18 bilhões
Em comunicado divulgado na noite de quinta-feira, a Latam afirma ter recebido várias ofertas não vinculantes “como parte do seu processo de financiamento de saída, (…) fornecendo cada uma mais de US$ 5 bilhões de novos fundos”. A companhia mantém em sigilo o número de ofertas e a identidade dos investidores.
Roberto Alvo, presidente do grupo Latam, afirma que as propostas têm a participação de atuais sócios e credores da Latam. Todas as ofertas preveem uma emissão de dívida e também mudanças na estrutura de capital da companhia, que tem hoje como principais acionistas a aérea Delta (com 20% de participação), a família chilena Cueto (16,4%), a Qatar Airways (10%) e a família brasileira Amaro (6,4%).
Com informações do UOL.
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