Wesley Murakami é investigado por lesão corporal culposa por procedimentos médicos mal sucedidos.
O médico Wesley Murakami, que indenizou uma paciente que ficou com com deformidades no rosto após passar por procedimento estético em Goiânia, afirmou em nota que “o inchaço após qualquer procedimento é normal” e que, “após seis meses, normalmente, o inchaço já acabou e não há mudança na área modificada”.
A Polícia Civil aponta que já são 13 pessoas que o denunciaram em Goiás. Os casos investigados são tratados como lesão corporal culposa, cuja gravidade será definida por laudos.
O médico é alvo de investigação do Conselho Regional de Medicina (Cremego), que decidiu acompanhar o caso após a repercussão na imprensa. O profissional atua também em Brasília e realiza a chamada bioplastia por meio da injeção de PMMA (polimetilmetacrilato, um tipo de plástico líquido usado para preenchimento).
Seu advogado afirma que ele possui os cursos necessários para realizar os procedimentos estéticos, já que não é necessário ter residência em dermatologia ou cirurgia plástica. Ele ainda destacou que o médico, atuante há 15 anos, está muito abalado e cooperando com a polícia e com o conselho.
O uso do PMMA é autorizado pela Anvisa, porém é condenado, em grandes quantidades, por inúmeros especialistas, pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e pelo Conselho Federal de Medicina. Em parecer de 2013, o CFM recomenda que, “quando necessário, o uso do PMMA seja feito por médicos e em pequenas doses”.
A SBCP aponta que o produto não é absorvido pelo organismo, motivo pelo qual pode provocar graves reações, como nódulos e processos inflamatórios crônicos. A entidade aponta a existência de outros produtos mais seguros e modernos indicados para preenchimentos que visam à harmonização facial. (Com informações do G1.)