A operação Moikano, iniciada em meados de 2015, prendeu 13 pessoas em flagrante por abuso de menores. Ela teve origem na operação Glasnot, que identificava suspeitos de compartilhar pornografia infantil por meio de um site russo. Um deles residia em Itu (SP), e foi preso em flagrante em 2013. Ele usava o e-mail “moikano”, dando origem ao nome da operação seguinte.
Recentemente, a polícia divulgou as mensagens trocadas pelos criminosos, entre as quais se inclui “fique amigo dos pais”, transmitida via e-mail por um homem experiente a outro homem que planejava abusar de crianças. As vítimas foram posteriormente identificadas como sendo 5 garotos entre 7 e 13 anos.
O delegado Valdemar Latance Neto, que coordenou a operação Moikano disse que “o perfil de alguns detidos desconstrói dois mitos equivocados sobre o compartilhamento desse conteúdo. Primeiro de que os autores desse tipo de crime não representam qualquer risco à sociedade, por serem meros coitados, desajustados, que passam a vida em frente ao computador. O segundo diz respeito à falsa ideia de que se trata apenas de ‘arquivos digitais’, numa visão desfocada do que eles realmente retratam: estupros de crianças”.
Latance afirma que a divulgação não interfere em futuras investigações, já que os adeptos à pornografia infantil não mais trocam mensagens via email.
A operação Moikano já teve desmembramentos, como no caso em que a polícia interveio em Joinville ao ter acesso a uma mensagem em que um homem planejava o estupro de uma “loirinha, linda, de nove anos”.
O delegado afirma que uma busca e apreensão nesses casos merece muito cuidado, porque “um inocente pode ter a honra manchada, em seu círculo social, com uma injusta e permanente atribuição do rótulo de pedófilo.” (Com informações do Uol.)